No mínimo algo pode ser dito de Dorival Júnior, ele não se preocupa com estatísticas e críticas. O novo técnico do Flamengo poderia se preservar e assistir ao jogo desta quinta-feira (26), contra a Portuguesa, das tribunas do Engenhão. Preferiu comandar a equipe do banco, mesmo sem ter realizado nenhum treino com a nova equipe. Não pôde fazer muito além de observar o time montando pelo auxiliar Jaime de Almeida apenas empatar sem gols com a Lusa, pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Dorival assume o Flamengo na 10ª posição da tabela, com 16 pontos, 15 atrás do líder Atlético-MG. O time somou apenas um ponto nas últimas três rodadas. A Portuguesa chegou a 10 pontos e completou seis rodadas sem saber o que é vencer e continua na zona de rebaixamento, na 17ª colocação.
"Todo mundo aqui tem vergonha na cara. A torcida tem todo o direito de protestar", comentou um aborrecido Vagner Love, que completou sete jogos sem balançar as redes. "É claro que fico chateado de não fazer gols. Hoje tive chances e não fiz."
"Nós nunca mais vamos enfrentar um Flamengo tão debilitado", comentou o técnico Geninho, da Lusa. "Criamos mais chances. Com o Dorival, o Flamengo vai se ajeitar e vai ser difícil vencê-los aqui. Não podemos desperdiçar essas chances."
O jogo
Com as duas equipes precisando da vitória, o jogo foi franco na primeira etapa. As alterações de Almeida, testadas após a demissão de Joel Santana, até surtiram efeito na fase inicial.
Os jovens Luiz Antônio, Mattheus e Adryan davam muito mais velocidade ao meio-campo carioca. Mattheus e Adryan trabalharam bem aos 22, em jogada que terminou em finalização de Magal, com defesa de Dida.
A resposta da Portuguesa veio rapidamente. Ricardo Jesus completou o cruzamento de Luís Ricardo. Paulo Victor tocou com as pontas dos dedos e a bola tocou na trave. No lance seguinte, novamente Ricardo Jesus, para grande defesa do goleiro rubro-negro.
"Fomos muito abaixo. Temos muito o que melhorar. Falta compactação, o Airton está com uma área muito grande para cobrir", analisou Dorival, na saída para o intervalo.
De imediato, ele sacou Ibson e colocou Renato com a intenção de reforçar a marcação. De fato, o time ficou mais forte na defesa. Mais tarde tirou Mattheus para a entrada de outro garoto, Thomás e Adryan deu vez a Bottinelli.
As alterações reduziram a força ofensiva rubro-negra. Com menos espaços para contra-atacar, os paulistas também não criaram chances claras. Nos chutes de média distância, pararam em Paulo Victor. Com isso, o segundo tempo foi menos empolgante que o primeiro e as redes passaram incólumes.
Na próxima rodada, o Flamengo visitará o São Paulo, domingo, no Morumbi. A Portuguesa vai receber o Náutico, no Canindé.
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