Bahia 1 x 1 Coritiba
Salvador
Estádio: Pituaçu. Árbitro: Marcos André Gomes da Penha (ES). Gols: Éverton (B) aos 40/2° e Bill (C) aos 46/2°. Amarelos: Arílton e Jael (B); Cleiton, Ângelo e Enrico (C).
Bahia: Fernando; Arílton (Ananias), Luizão, Nen e Ávine; Fábio Bahia, Marconi, Helder e Morais; Adriano (Éverton) e Jael (Rodrigo Gral).Técnico: Márcio Araújo.
Coritiba: Vanderlei; Ângelo (Willian), Jéci, Cleiton e Triguinho (Lucas Mendes); Leandro Donizete, Tcheco (Bill), Rafinha e Enrico; Marcos Aurélio e Leonardo.Técnico: Ney Franco.
O jogo
Teve cara de decisão. Bahia e Coritiba premiaram o público com bons lances, muita movimentação e emoção. A mais feliz para o Coxa, um pênalti perdido por Jael no primeiro tempo; a mais triste, a lesão de Triguinho. Mesmo com uma arbitragem confusa, o Coxa não se submeteu à iniciativa do Bahia e equilibrou as ações. Quando tudo caminhava para um 0 a 0, Éverton abriu o placar para o Bahia. Bill, porém, buscou o empate nos acréscimos.
Triguinho quebra a perna e será operado hoje
Eram 23 minutos do primeiro tempo quando o lateral-esquerdo Triguinho foi lançado na área. Antes de chegar à bola, o zagueiro Nen desviou; mas na sequência do lance, o atabalhoado goleiro Fernando, do Bahia, trombou com o coritibano. Na dividida, a perna esquerda do lateral prendeu-se entre o peito e o braço do adversário, enquanto o corpo de Nen pesava sobre suas costas. Resultado: fratura da tíbia e seis meses de inatividade.
Enquanto a arbitragem dava o lance como normal, o atacante Leonardo se desesperava, pedindo a ambulância: "Segurei para não chorar ali, porque é duro ver o tornozelo dele do jeito que eu vi." Triguinho foi encaminhado diretamente a uma clínica de fraturas, onde deve ser operado nesta quarta-feira. Em entrevista à Rádio Transamérica o diretor do departamento médico alviverde, Lúcio Ernlund, explicou. "Poderia, pela distância, ser mais grave trazer para Curitiba. É uma situação que nos entristece. O futebol não é para ter ações como essa, mas infelizmente acontecem." Coincidentemente, o herói da noite, Bill, passou por um drama parecido nessa temporada, após fraturar o tornozelo em um treino. "Eu tive uma parada de cinco meses... E o que aconteceu com o Triguinho, eu tinha de correr por ele também", disse o autor do gol de empate.
Foi quase a emoção de um título. Em um grande jogo, e quando tudo já parecia perdido, o Coritiba arrancou um empate do Bahia no caldeirão de Pituaçu, em Salvador, e manteve na unha a liderança da Série B do Brasileiro. Com 61 pontos, contra 59 de Bahia e Figueirense (time que ainda vai enfrentar no Couto Pereira), o Coxa deu um grande passo para ficar com o título. Mais importante: se ganhar do Ipatinga em casa, na sexta-feira, praticamente carimba seu passaporte de retorno à Série A.
O jogo teve de tudo. Pênalti mal apontado para os donos da casa e outros não marcados para os dois lados; erro na cobrança do atacante Jael; fratura na perna de Triguinho; gol do Bahia no fim e gol de empate nos acréscimos. Mais cara de final, impossível. Emocionado, o vice-presidente do Coritiba, Vilson Ribeiro de Andrade, comemorou muito o resultado. "Essa é a saga do Coritiba. Vai ficar na história. O Coritiba superou tudo, valente, brioso. Jogamos 29 jogos fora de casa e estamos liderando", bradou. Embora a matemática aponte 66 pontos para garantir o acesso, a cinco rodadas do final e com o rebaixável Ipatinga pela frente, não há como não falar que a hora chegou. "Eu acho que a vaga já está garantida. Não só a gente, mas também o Bahia", declarou o herói da noite, Bill.
Foi dele o gol de empate, quando a torcida baiana já comemorava a liderança tomada minutos antes. Foi também um sinal de que a luta do Coxa, que dominou o segundo tempo e superou o lance traumático com Triguinho no primeiro, valeu a pena. "Futebol é detalhe. Jogamos de igual para igual, eles fizeram o gol quando estávamos bem na partida, mas graças a Deus o Bill acertou o chute ali. Não é por acaso que estamos na liderança", disse o zagueiro Jéci, já projetando a próxima rodada: "Agora é o Ipatinga. É ganhar e garantir o acesso."
No vestiário, o técnico Ney Franco vibrava com a volta para a Série A e o título encaminhados. "Foi decisão. A gente veio com uma proposta ofensiva. Eu fico feliz, foi um jogaço. A gente poderia ter ganhado, jogamos muito mais", afirmou, enquanto defendia o atacante Bill, questionado pela torcida: "O gol dele valeu muito." Agora são 11 rodadas consecutivas no topo da tabela e um rival direto a menos no caminho. Com todos os números a favor, o atacante Leonardo lembrou o peso do espírito de decisão que o time demonstrou na Bahia: "Esse pontinho vai valer muito no final do campeonato."
Tensão aumenta na Coreia com conflito entre presidente e Parlamento
Justiça do Trabalho desafia STF e manda aplicativos contratarem trabalhadores
Correios adotam “medidas urgentes” para evitar “insolvência” após prejuízo recorde
Milei divulga ranking que mostra peso argentino como “melhor moeda do mundo” e real como a pior
Deixe sua opinião