Com alguns lampejos do seu melhor jogo, o espanhol Rafael Nadal, 26 anos, começou a voltar ontem ao tênis de alto nível com a conquista do Brasil Open, em São Paulo, ao bater na final o argentino David Nalbandian por 2 sets 0 (6-2 e 6-3). "Espero que isto seja um bom começo", declarou ele, após receber o troféu que coroou "uma semana muito bonita".
Nadal dedicou o título às pessoas que lhe acompanharam "nestes tempos complicados", entre eles seu pai, Sebastián Nadal, que não conseguiu conter as lágrimas após a conquista. Foi o segundo troféu conquistado no Brasil havia ganho o mesmo torneio em 2005, quando não passava de uma promessa.
O espanhol não ganhava um torneio desde junho de 2012, quando ergueu o sétimo troféu de Roland Garros, seu palco predileto. Um mês depois, quando era o terceiro melhor jogador do mundo, uma lesão no tendão patelar do joelho esquerdo o deixou de fora dos Jogos Olímpicos de Londres seria porta-bandeira da delegação espanhola.
Sem jogar, perdeu posições no ranking da ATP, mas se manteve perto do topo, na quinta posição, abaixo apenas do sérvio Novak Djokovic, do suíço Roger Federer, do britânico Andy Murray e do conterrâneo David Ferrer.
Nessa posição chegou há 15 dias ao ATP de Viña del Mar, no Chile, que representou seu reencontro com o tênis após sete meses de inatividade. Jogou ainda com certas limitações físicas, leves dores no joelho e, principalmente, uma clara falta de ritmo e precisão. Mesmo assim chegou à final, que perdeu para o argentino Horacio Zeballos em uma duríssima partida que durou pouco mais de três horas.
Após estrear em São Paulo jogando ao lado de Nalbandian, decidiu abandonar o torneio de duplas a fim de reservar forças para a competição individual. A estratégia, como pôde ser vista ontem, deu certo.
Para o espanhol, porém, voltar a ser o número 1 do mundo "não é um objetivo real". Segundo ele, neste momento o que importa mesmo é "poder treinar e competir sem limites", pois isso é o que o faz "realmente feliz".
O primeiro passo já foi dado.
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