“Não entendi”, diz Falavigna sobre WO

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O calendário exigiu que Natália Falavigna fosse até Fortaleza disputar a seletiva para garantir uma vaga nos Jogos Pan-Americanos, em outubro, em Guadalajara (México). Che­­gando lá, a surpresa: a ad­­ver­­sária – Helloraine Paiva – não apareceu para lutar.

Assim, sem saber de fato o que havia acontecido, a paranaense, medalha de bronze na Olimpíada de Pequim-2008, garantiu uma vaga no Pan ao vencer por WO. "Não sei. Acho que ela está focada em alguma outra competição e não apareceu. Não entendi direito", disse Natália.

Seria a volta da paranaense após duas cirurgias que a afastaram por quase um ano das competições. Na última operação, foi feita a reconstrução dos ligamentos do joelho direito da atleta. A intervenção foi necessária após Natália sofrer uma torção no local em um treino.

Garantida no Pan, Natália agora concentra as atenções em outra competição: a seletiva continental para os Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, que deve ocorrer em novembro, também em Guadalajara. "Tenho de ficar entre as três primeiras para me garantir nos Jo­­gos. Estou focada nisso. O ci­­clo olímpico é o meu grande ob­­je­­­­tivo", afirmou a paranaense.

Apesar de a meta ser a classificação para Londres, Natália quer uma medalha de ouro pan-americana, o que seria uma conquista inédita. Em 2007, no Rio de Janeiro, ela perdeu a final para a mexicana Rosário Es­­pi­­noza e ficou com a prata. "O Pan tem visibilidade e é muito bom representar o seu país. Claro que vou encarar, buscar o melhor, mesmo não sendo o meu foco principal", explicou a lutadora, que trocou os treinos em Londrina pela estrutura montada na capital fluminense para formação de atletas com vistas à Olimpíada de 2016.

Natália vê um lado positivo na parada obrigatória por causa das lesões. "Pude me adaptar aos protetores de pontuação [sensores que acusam automaticamente quando o lutador encaixa um golpe]. Acho que a tecnologia deixou a luta mais emocionante e menos polêmica." A intenção da Federação Internacional de Tae Kwon Do (WTF, na sigla em inglês) é acabar com as decisões polêmicas de arbitragem.