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"Texas é como um país dentro dos Estados Unidos. Nós somos maiores que a França ou quase o dobro da Alemanha, por exemplo". Foi deste jeito que Eddie Gossage me resumiu a particularidade de tudo o que eu via em minha primeira visita ao Texas Motor Speedway, no início deste mês, para a etapa da Nascar em Dallas. De fato, o slogan "tudo é maior no Texas" seja um bom caminho para finalmente a F1 encontrar seu lugar ao sol no império norte-americano. Não por acaso, Eddie contou com orgulho que seu autódromo tem mais banheiros do que lugares disponíveis em todo Carniggie Hall, a famosa e imponente casa de espetáculos de Nova York.

Este será o décimo circuito a ser utilizado, e olha que até Indianápolis já foi uma das tentativas – e foi palco de um dos maiores vexames, justamente o da largada com apenas seis carros, na edição de 2005 (com a questão dos pneus Michelin). O estilo norte-americano de torcer é totalmente diferente.

Lá na Nascar, a cultura é de acampar, fazer churrasco e acompanhar todo dia uma categoria diferente – como vi em Dallas. Nos treinos livres da F1, deu até pra ver que este estilo talvez possa render em Austin, ainda que o público de F1 seja mais elitizado. Ao mesmo tempo, a comunidade latina e a proximidade do México pode realmente fazer deste um GP da América.

Não por coincidência (nada que Bernie Ecclestone faça pode ser considerado uma obra do acaso), a F1 correrá nos EUA no mesmo final de semana de decisão da Nascar – que ocorrerá a milhares de km de lá, em Miami, porém no mesmo horário. Há quem diga que a chance de Vettel ser campeão neste domingo tem ajudado nas vendas. E, depois do rendimento superior da Red Bull nos primeiros treinos livres, disputados ontem em Austin, eu diria que esta possibilidade é maior do que imaginávamos logo após a bandeirada em Abu Dabi.

Alonso terá de fazer mais uma de suas mágicas para impedir que o 100.º GP de Vettel seja ainda mais histórico – ele poderia ser o terceiro piloto a conquistar um tri consecutivo ao lado de Schumacher e Fangio (que companhia!). Uma prova para fã nenhum botar defeito – e para colocar os EUA de volta ao mapa da F1. Nem que seja pela porta de seu "estado" com mais cara de país, o Texas.

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