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Marcos Malucelli não havia ido ao vestiário da Arena antes de assumir o futebol do clube; hoje, anda como uma tabela do Brasileiro no bolso do paletó. | Daniel Derevecki/Gazeta do Povo
Marcos Malucelli não havia ido ao vestiário da Arena antes de assumir o futebol do clube; hoje, anda como uma tabela do Brasileiro no bolso do paletó.| Foto: Daniel Derevecki/Gazeta do Povo

Atleticanas

Arbitragem

O paulista Cléber Welington Abade apitará Internacional e Atlético, amanhã, às 18h20, em Porto Alegre. Ele será auxiliado por Evandro Luis Silveira (SP) e Fabrício Vilarinho da Silva (GO).

Em casa

O meia Ferreira retornou ontem a Curitiba após servir a seleção da Colômbia, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. O baixinho não atuou diante do Brasil, na quarta-feira, no Maracanã. Sendo assim, não será problema para o confronto com o Colorado.

Mudanças

No treino tático de ontem à tarde, no CT do Caju, o técnico Geninho esboçou várias formações para a equipe que enfrentará o Internacional, já que não conta com oito jogadores, seis machucados e dois suspensos pelo terceiro cartão amarelo. Além disso, o treinador deve voltar a utilizar o esquema 3–5–2.

Quase certo

A nova formação deve contar com duas novidades, o volante Zé Antônio e o atacante Geílson, pela primeira vez como titulares. Dessa forma, o time seria: Galatto; Antônio Carlos, Gustavo e Chico; Rodriguinho, Alan Bahia, Zé Antônio, Ferreira e Netinho; Pedro Oldoni e Geílson. Hoje pela manhã, o Furacão fará o seu último trabalho antes de viajar para o Rio Grande do Sul.

Como Mário Celso Petraglia, em carta escrita à torcida, Marcos Malucelli é mais um atleticano a dizer "Não!" ao rebaixamento do Atlético. Porém, no caso do vice-presidente de futebol do Rubro-Negro – cargo que ele acumula com a direção do departamento jurídico do clube –, a esperança vem da condição técnica da equipe: "Nosso time não é pior que vários outros, se você pegar do décimo colocado para baixo."

Ontem à tarde, o dirigente concedeu entrevista exclusiva à Gazeta do Povo, em seu escritório de advocacia no centro de Curitiba. Há um mês na nova função (imersão na bola que faz com que ele ande até com uma tabelinha do Brasileiro no bolso do paletó), Malucelli faz uma avaliação do momento atual do Furacão e sentencia: "Temos que rever o futebol".

Há cerca de um mês no novo cargo, qual a avaliação que o senhor faz dessa mudança?

Alterou muito o meu dia-a-dia. Eu só fazia fórum e eventualmente participava de algumas reuniões, mas não tinha maiores contatos com o futebol. Não ia ao CT do Caju, nunca tinha ido ao vestiário da Arena. Mas embora não tivesse participação, eu venho do futebol. Meu pai foi presidente do Iraty, sempre acompanhei reuniões de diretoria, conhecia os jogadores.

E as cobranças da torcida?

Espero não ser cobrado, pois o que estou fazendo é apenas colaborar em um cargo não remunerado que eu aceitei por amor ao clube. O que acontecer não será resultado direto das minhas ações, quando cheguei lá já eram esses jogadores e estamos dando totais condições para eles.

O que faz o senhor acreditar que o Atlético irá se livrar do rebaixamento?

Pela condição técnica do time. Nosso time não é pior que vários outros, se você pegar do décimo colocado para baixo. Não ficaríamos entre os quatro piores. Estamos entre os quatro piores. Ainda que alguns jogadores estejam no departamento médico, nós temos condições, com o trabalho do Geninho.

Rafael Moura e Ferreira discutiram durante um jogo; o Rafael deu declarações sobre o posicionamento dos companheiros; o Joãozinho criticou esse tipo de declaração; o Danilo recusou-se a ficar no banco. Por que ainda assim o Atlético diz que não há problemas de relacionamento?

O problema do Danilo não tem nada a ver com o relacionamento entre os companheiros. A reação dele foi em virtude do técnico tê-lo deixado na reserva no jogo com o Fluminense. Dos demais, foi tudo superado na reunião que o Geninho fez com eles, e os jogadores entre eles também. Agora, qualquer grupo grande tem os seus problemas. É evidente que não se tem 30 amigos, mas nem por isso são inimigos.

Pela disputa contra o rebaixamento envolver diretamente dois times cariocas, teme influência de arbitragem?

Até agora não posso dizer que tenhamos sofrido derrotas por conta disso. Os dois pênaltis para o Fluminense foram indiscutíveis. Agora, seria bom se a CBF não colocasse árbitros paranaenses nos jogos dos cariocas. Da mesma forma, que árbitros cariocas não apitassem os nossos jogos. É uma medida de bom senso.

Haverá pagamento de bicho extra para os jogadores livrarem o clube do rebaixamento?

Desde que o Geninho chegou, e nós já estávamos próximos da zona do rebaixamento, fizemos uma nova tabela de premiação e os jogadores aceitaram. Antes, tínhamos uma tabela que previa pagamento a cada seis pontos, ou nove, não me lembro.

O Geninho recebeu dirigentes de torcidas organizadas e grupos de atleticanos antes do Atletiba; integrantes de uma facção da organizada foram ao CT essa semana. Que cuidados a diretoria está tomando para que essa situação não fuja ao controle?

Foram quatro ou cinco desses movimentos para conversar com o elenco, cerca de 15 pessoas, antes do Atletiba. Não há interferência e jamais deixaríamos acontecer o que vemos em outros clubes.

Considerando a estrutura do Atlético, qual a análise que o senhor faz dos resultados em campo do clube?

Nós estamos mal há dois ou três anos. O presidente Fleury e o Petraglia sabem disso, e independentemente do que eles possam pensar, eu penso assim. Temos que rever completamente o futebol. Há um hiato muito grande entre o que podemos produzir e o que estamos produzindo.

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