"Não tinha o que fazer", reclama Marcos Guilherme sobre racismo

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Um dos poucos destaques da seleção no Sul-Americano sub-20, Marcos Guilherme volta a treinar no Atlético nesta quinta-feira (12). Da disputa no Uruguai, o meia-atacante, de 19 anos, traz as boas atuações e o episódio de racismo em que foi vítima. Em entrevista exclusiva à Gazeta do Povo, o jogador comentou a situação e explicou por que o caso não foi para frente.

"Nunca tinha passado por isso. Foi complicado, fiquei nervoso. Mas pensando depois, infelizmente é normal, acontece muitas vezes. Parei de pensar nisso, procuro focar só no futebol", afirmou. "O problema foi que a câmera não conseguiu pegar o jogador uruguaio xingando. Não tinha como fazer nada. Ia ser só um desgaste de tentar fazer uma acusação, no país deles", lamentou.

Autor de quatro gols na campanha que deixou o Brasil em quarto lugar no Sul-Americano, Marcos Guilherme garantiu estar feliz com o seu desempenho individual e a sequência com a amarelinha. Admitiu que se emocionou antes do primeiro jogo, contra o Chile, quando viu o sonho concretizado do seu nome na camisa brasileira. Lamentou apenas a ausência do título "Tivemos problemas com arbitragem, provocação, os adversários chegando firme", analisou.

Agora, a expectativa fica para o Mundial sub-20, que ocorrerá entre os dias 30 de maio a 20 de junho na Nova Zelândia. "No Mundial, vai crescer o entrosamento, vamos ter mais tempo para trabalhar. Será uma competição diferente, podemos jogar da nossa maneira. Com certeza vamos chegar mais preparados", aposta.

Rio-2016

Um bom desempenho é considerado fundamental até para a disputa da Olimpíadas de 2016. "O único título que o Brasil não tem, com a disputa aqui, vai ser uma pressão grande e estamos se preparando desde já", afirma.

Dentro do projeto pessoal de Marcos Guilherme de se tornar ídolo do Atlético, a intenção é ficar no Furacão no mínimo até a Olimpíada. Com contrato até 2018, ele tem acompanhado à distância todos os jogos do Furacão na pré-temporada da equipe principal na Espanha. "Esse ano estou mais experiente. Quero me firmar aqui e mostrar o meu valor", resume.