Londrina Há três meses treinando em Campinas, a atual campeã mundial de tae kwon do na categoria até 72 quilos, Natália Falavigna, admite voltar a treinar em Londrina, cidade onde foi criada e despontou para o esporte. O retorno, porém, passa pela mesma razão que levou a maringaense a trocar o Paraná por São Paulo: patrocínio.
"Para voltar, teria de ter apoio financeiro como tenho em Campinas (é patrocinada pela BomBril). Honrar o estado sem perspectivas é complicado. Muitos pedem, a família quer que eu volte, mas foi uma escolha minha. Até porque em São Paulo é mais fácil competir. Sem uma boa proposta, fica difícil voltar", afirma ela, que passou a última semana em Londrina.
A estada em casa foi a última escala antes da próxima competição de Natália. Em agosto, ela vai disputar a Universíade, em Izmir, na Turquia. Este será o primeiro campeonato de alto nível que a lutadora vai disputar desde a conquista do título mundial, na Espanha, em março.
Depois do torneio, a atleta fez apenas uma luta, quase de exibição. Há três semanas, ganhou um campeonato em Araras, interior de São Paulo, sem precisar dar um golpe. Nenhuma adversária apareceu e ela venceu por w.o..
Má alimentação
Agora, Natália quer reencontrar o foco que a fez ser vitoriosa no mais importante campeonato da temporada. A intenção é retomar a melhor forma física e mental para a Olimpíada universitária.
"Fica até difícil de explicar o que está acontecendo. Eu tive alguns problemas com minha alimentação em Campinas e isso acarretou uma série de dores nas pernas, na canela e tornozelo. Consultei um especialista ortomolecular e ele disse que a alimentação errada, mais estresse e cansaço muscular, são problemas de atleta e agora preciso me recuperar", contou Natália, sobre as causas dos altos e baixos responsáveis pelo que ela própria chama de "um dia está bom, outro não".
Até o embarque para a Turquia, Natália quer se recuperar, descansar um pouco e estar pronta para a disputa. O que ela não quer é embarcar sem chances de brigar pelo pódio na Universíade.
"É um campeonato grande e quero estar pronta, pois vou reencontrar a maioria das atletas que estiveram no Mundial. E está cada vez mais difícil de lutar com meninas da minha categoria (até 72 kg). Lá fora sim, mas no Brasil está difícil de encontrar adversárias", disse.
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