No estádio dos Aflitos, a festa foi de uma só torcida. Com um público empolgante nas arquibancadas, o Náutico derrotou o Sport por 2 a 0 no Clássico dos Clássicos e se afastou da zona de rebaixamento do Brasileirão. A quarta vitória seguida do Timbu no campeonato foi ainda mais emocionante pelo fato de ter sido conquistada com um jogador a menos.
As duas equipes terão uma semana para trabalhar pesado e corrigir erros cometidos no clássico. No sábado, o Timbu recebe o Atlético Paranaense em Recife. O Leão viaja até São Paulo, onde encara o Corinthians.
Batalha no gramado, alegria nas arquibancadas
Recife parou para acompanhar o Clássico dos Clássicos. Nos Aflitos, os dois times de maior rivalidade da cidade entraram em campo sob o som ensudercedor de torcedores alvirrubros e rubro-negros. E minutos antes de o árbitro iniciar a partida, o meia Geraldo já dava a tônica do que seria o primeiro tempo: uma verdadeira batalha. A disposição e vontade dos dois times era tão grande que as jogadas mais violentas começaram a predominar sobre os lances de maior técnica.
Foram quatro cartões amarelos só nesta etapa inicial. De futebol, destaque para a cabeçada perigosa de Marcelinho, aos 5 minutos. A resposta rubro-negra veio com Da Silva, aos 13 minutos, escorando um cruzamento de Ticão e quase surpreendendo o goleiro Eduardo. Tanta festa da torcida do Timbu merecia uma recompensa e ela veio aos 37 minutos. A bola ficou quicando na entrada da área do Leão, Júlio César chutou firme de pé esquerdo e fez um golaço: 1 a 0. Explosão nas arquibancadas. Já nos acréscimos, Magrão evitou com a ponta dos dedos o gol de Felipe.
Leão morde, mas nem machuca
Com o placar desfavorável, o Leão voltou arisco para o segundo tempo. Logo aos 2 minutos, Adriano Gabiru cruzou para a área, Da Silva cabeceou com perigo para a defesa de Eduardo. No rebote, Éverton soltou a bomba para fora. Aos 18 minutos, mais uma oportunidade para o time rubro-negro. A bola sobrou na grande área alvirrubra, Carlinhos Bala aproveitou e chutou de virada. A bola passou com muito perigo por cima do gol rival.
Os jogadores continuaram pegando pesado nas divididas. Faltas violentas foram artifícios utilizados pelas duas equipes para neutralizar o adversário. Aos 23 minutos, Toninho cometeu falta dura em Gabiru, recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso. Três minutos depois, mais confusão. Elicarlos e Carlinhos Bala se desentenderam e também foram expulsos. Mas para a sorte do bom futebol, Júlio César brilhou mais uma vez. Aos 33 minutos, o lateral puxou um contra-ataque mortal, tirou o zagueiro rival da jogada com apenas um toquinho e soltou uma bomba na saída do goleiro Magrão: 2 a 0. Golaço que fechou o caixão rubro-negro nos Aflitos.
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