Um dos poucos pilotos que apareceram no hall de entrada do Hotel Hilton, em São Paulo, nesta terça-feira, foi Nelsinho Piquet, da Renault. Em poucas palavras, o brasileiro deixou a entender que está otimista quanto às chances de Felipe Massa sagrar-se campeão no Brasil, no domingo, no Autódromo de Interlagos.
"Ainda falta uma corrida. O campeonato não acabou. No ano passado, Lewis (Hamilton) também chegou aqui com sete pontos de vantagem, mas acabou perdendo para o Kimi (Raikkonen), o que ninguém esperava. Neste ano, Massa está na briga", analisou o piloto.
O filho do tricampeão Nelson Piquet disse que espera anunciar, antes do GP, qual será seu rumo na temporada 2009. "Quero anunciar o mais rápido possível. Quem sabe, antes da corrida? Se Deus quiser, anuncio minha permanência na Renault". Com 19 pontos e na 12.ª colocação no Mundial de Pilotos, Nelsinho não teve um bom início de temporada. Conseguiu reagir na segunda metade do campeonato, quando garantiu a segunda colocação no Grande Prêmio da Alemanha.
Por ser a temporada de estréia e nunca ter pilotado um Fórmula 1 na maioria das pistas do calendário, ele ganhou um voto de confiança de Flavio Briatore, chefe da Renault, e pode permanecer no próximo ano. "Ele teve um bom desempenho na China e no Japão. Desta vez, se adaptou mais facilmente às pistas. Antes tinha mais trabalho", afirmou Briatore, que descartou a possibilidade de contratar o francês Sebastien Bourdais, considerado "muito velho". Ele tem 29 anos, contra 23 de Nelsinho.
Há, porém, indícios de que Nelsinho possa ser trocado por outro brasileiro, Lucas Di Grassi, piloto de testes da Renault, que brilhou na GP2, categoria de acesso à Fórmula 1.
O fato de correr em casa pela primeira vez não comove Nelsinho. "Para mim, é uma corrida como qualquer outra. Nem a pista de Interlagos eu conheço direito", afirmou o piloto, que ganhou as Mil Milhas de 2006.
Seu companheiro de equipe, o espanhol bicampeão mundial Fernando Alonso, só deve chegar ao Brasil na manhã desta quinta.
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