A expulsão do lateral-direito Jancarlos aos 20 minutos do segundo tempo do jogo com o Pachuca, que acabou com qualquer possibilidade de reação do Atlético, não deve ter surpreendido os torcedores rubro-negros. Afinal, o campeão de advertências da equipe já havia cumprido seis partidas de suspensão no Brasileiro, três pelo acúmulo de cartões amarelos e outras três por vermelhos.
Todas as expulsões com um ponto em comum: aconteceram em momentos difíceis do time, o que denota claramente um fundo psicológico. Tanto contra Fluminense, São Caetano e Corinthians, no primeiro turno do Brasileiro, como desta vez, os excessos do lateral foram cometidos quando o Atlético perdia. Com um homem a menos, não conseguiu sequer empatar nenhum dos jogos.
O fator emocional fica mais evidente se levado em consideração que não apenas nas partidas em questão o time passava por problemas. O clima no clube, invariavelmente ameaçado pela zona de rebaixamento, estava bastante conturbado na época das três primeiras expulsões. Agora, a eliminação na Sul-Americana passou a ser iminente após a virada do Pachuca, concretizada dois minutos antes de Jancarlos levar o segundo amarelo.
Com a equipe em melhor situação no segundo turno do Brasileiro e fazendo boa campanha no torneio continental, ficou mais fácil para ele cumprir o que se propôs depois do vermelho diante do Corinthians, no dia 5 de agosto: "Tenho que ter mais atenção para evitar as expulsões. Ter mais calma e pensar antes das jogadas", declarou na ocasião. Apesar de alguns cartões amarelos desnecessários, vinha dando certo até o jogador não reagir bem na situação de pressão em que o time se encontrava em Pachuca.
Jancarlos pode perder a camisa 2 para Evanílson nas duas últimas rodadas do Brasileiro. Nem tanto pela expulsão, afinal o técnico Vadão considerou o árbitro rigoroso e, por tabela, absolveu o atleta, mas pelo rendimento inferior ao do concorrente, que não estava inscrito na Sul-Americana.
No torneio internacional, aliás, o lateral viveu seu melhor momento em 2006, com os dois gols de falta que deram a classificação sobre o River Plate. No México, até se candidatou a herói ao fazer a jogada do gol de Ferreira, feito encoberto pela nova expulsão e a goleada mexicana por 4 a 1.
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