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Adversário - Fla se apóia no Maracanã

A torcida é o trunfo do Flamengo. A esperança é somá-la a Íbson, Fábio Luciano e Joel Santana, a trinca que mudou o rumo do Rubro-Negro no Nacional. "A torcida tem sido sensacional. Esta será nossa despedida do Brasileiro diante dela e precisamos dar tudo de nós", elogia Renato Augusto, que deverá iniciar o jogo no meio, atuando na ligação com o ataque. "Seria espetacular presenteá-la com a classificação para a Libertadores."

A força da torcida, que terá presença maciça hoje graças à troca de ingresso por uma lata de Neston, revela-se não apenas na pontuação do time na tabela. O clube é dono de oito dos dez maiores públicos pagantes do campeonato. Para hoje, Joel Santana deverá ser mais ousado. A expectativa é de que o atacante Maxi entre no lugar do suspenso Toró, indo jogar ao lado de Souza.

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Pela primeira vez desde que deixou a Gávea, Ney Franco enfrenta o Flamengo. Reencontro neste domingo, às 18h10, em local e situação "inadequados". Afinal, volta como adversário no Maracanã lotado, palco em que ele deu dois títulos aos cariocas – Copa do Brasil (2006) e Campeonato Estadual (2007). E brigando para classificar o Atlético à Sul-Americana, diante do ex-time sonhando alto com a Libertadores.

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Naturalmente, desagradar os mais de 80 mil flamenguistas que farão coro na arquibancada, e os amigos que deixou no Rio de Janeiro, não será problema para o mineiro. O contrário serve para os ex-colegas, que certamente não querem que o "quanto tempo!" acabe de forma desagradável. Entre eles, o diretor de futebol Kléber Leite, que na chegada de Ney a Curitiba o recomendou efusivamente como uma "pessoa fantástica".

"Vou encarar o jogo como qualquer outro do Campeonato Brasileiro. Mas eu passei pela experiência no Flamengo de, em um ano e dois meses, dar três voltas olímpicas com o Maracanã lotado, algo que alguns profissionais precisam de uma carreira inteira para conseguir. Sendo assim, voltar ao estádio me traz boas lembranças", comenta Ney Franco.

Outro que reencontrará a massa será o volante Claiton. Ele que, curiosamente, deixou o Mengo, entre outros motivos, insatisfeito por ter ido para o banco de reservas em determinação do então técnico Ney Franco. E como o "ex e atual treinador", também encara com naturalidade a situação. Tanto que declarou ter gostado da liberação para que o Maracanã recebesse público.

"Vejo de uma forma bem tranqüila, mesmo com o Maracanã cheio, quase 90 mil pessoas. Também fui campeão no Flamengo. Joguei a Libertadores este ano, levantei a taça de campeão carioca como capitão. Respeito muito a torcida e o clube. Mas meu pensamento agora está todo no Atlético e é por ele que eu vou lutar", afirma Claiton.

Para ambos, são mesmo lembranças e nada mais. Em nome do presente e, especialmente, do futuro para o Rubro-Negro paranaense, pois está em jogo um importante reforço no calendário do clube na temporada 2008. Alcançando os três pontos, o Atlético chega a 54 e garante a ida à Sul-Americana no ano que vem.

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"Meu desejo maior é confirmar a vaga para a Sul-Americana. Precisamos de uma vitória para isso e a primeira oportunidade é essa no Maracanã (depois, o Atlético pega o São Paulo na Arena pela última rodada). Espero que tenhamos uma noite feliz", declara o treinador.