O pedido de demissão de Adilson Batista no Cruzeiro agitou Belo Horizonte a ponto de causar um pequeno rebuliço em Curitiba. Foi a partir da imprensa mineira, e de uma declaração do diretor de futebol do Cruzeiro, Dimas Fonseca ("Vamos buscar um técnico de ponta, acostumado a trabalhar com a base"), que o nome do técnico do Coritiba, Ney Franco, surgiu como solução para a Raposa. Ney trabalhou nove anos na base do clube mineiro, até se tornar técnico profissional no Ipatinga. De lá, passou por clubes da elite nacional, como Flamengo, Atlético e Botafogo, até chegar ao Coritiba. Mas voltar ao Cruzeiro foi algo descartado pelo treinador alviverde no momento.

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"Eu tenho contato direto no Cruzeiro. Sou amigo do Zezé [Perrela, presidente do Cruzeiro], das pessoas que estão entrando lá, o Dimas e o Valdir [Barbosa, gerente de futebol] e não recebi nenhuma ligação deles", contou o treinador, para logo dizer a resposta para uma proposta do ex-clube: "A minha conduta em relação a qualquer proposta do futebol brasileiro é a mesma de quando eu recebi do Goiás: esse ano o meu papel no futebol brasileiro, e é um desafio profissional, é fechar a temporada no Cori­­tiba e colocar essa equipe de volta na Primeira Divisão."

Voltar para a terra natal e dirigir o clube de infância, que oferece uma das melhores estruturas salariais, de elenco e de trabalho não seduziram o técnico, que procurou manter um discurso tranquilo: "O projeto [do Coritiba] está acima de todas as coisas na minha carreira no momento. Vai representar muito para a minha carreira colocar o Coritiba de vol­­ta à Série A. É o que eu quero."

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