Em noite espetacular de Neymar, que balançou a rede quatro vezes, o Atlético perdeu mais uma fora de casa e de goleada. Na rodada em que poderia até deixar a zona de rebaixamento, o time de Antônio Lopes fez feio diante do Santos, foi derrotado por 4 a 1 e permanece na 18ª posição, podendo ainda ser ultrapassado pelo Avaí. O sufoco começou cedo. No primeiro lance da partida, um pênalti. O jogo tinha apenas um minuto quando Neymar caiu na área e o juiz marcou falta de Cléber Santana. O próprio camisa 11 bateu e abriu o placar.
"A bola era toda minha. Dei o corpo ao Neymar e ele marcou o pênalti dizendo que eu empurrei. O juiz está de sacanagem", reclamou o jogador atleticano.
O lance rendeu muitas reclamações, mas não foi o único duvidoso da partida. Aos 42 minutos, Neymar marcou outro gol após cruzamento da direita. Árbitro e bandeira chegaram a correr para o centro de campo confirmando o lance, mas, depois de uma conversa, desistiram e anularam o gol, alegando impedimento de Alan Kardec que teria participado indiretamente da jogada.
Na segunda etapa, no entanto, o Santos garantiu a vitória. Guerrón empatou o jogo para o Atlético, aos 6 minutos, depois da cobrança de escanteio fechada de Paulo Baier. Porém, o empate não durou nada.
Aos nove, Cléber Santana, em uma noite infeliz, cometeu outro pênalti este indiscutível ao empurrar Edu Dracena na área. Neymar novamente foi para a cobrança e marcou o segundo.
Mais dois minutos e outra bola na rede do camisa 11. Desta vez, com a ajuda de Manoel que tropeçou sozinho e deixou o craque livre para fazer seu terceiro. Mas três gols não foram suficientes para Neymar, que ainda marcou mais um - este sim com toda categoria. Depois de receber a bola pela esquerda o jogador passou tranquilo pela defesa do Atlético, invadiu a área e guardou novamente.
"Fiz um para cada um. Um para minha família, um para o meu filho, um para vocês da imprensa e um para torcida", brincou o goleador ao final da partida.
"O homem é o craque, é um fenômeno, não adianta. A gente tem que ter até atenção com este tipo de jogador pra gente não machucá-lo. Tem que chegar firme mas sem machucar porque é uma relíquia, um patrimônio do Brasil", resumiu o capitão Paulo Baier ao tentar explicar o fiasco diante dos santistas.
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