De atacante "caneleiro", Nieto ganhou novo status na Baixada. Em virtude da participação importante nesta reta final de Brasileiro, e considerando o desempenho ruim dos colegas de setor, o argentino se transformou em esperança do Atlético na luta contra o rebaixamento. Condição que, no entanto, ele rejeita.
Ao ser questionado sobre o papel recente de protagonista fez os quatro gols das vitórias sobre Internacional e Atlético-GO, liderou a reação na derrota para o Corinthians e foi decisivo no triunfo sobre o São Paulo , o grandalhão prefere desconversar.
"Tenho consciência de que posso ajudar e estou preparado para fazer o meu trabalho. Mas vamos precisar de todos os jogadores brigando juntos", declara. Nieto ficou de fora do empate com o Cruzeiro, suspenso. Mas tem presença garantida na partida com o América-MG, domingo, em Uberlândia.
A ausência diante da Raposa só confirmou a importância de Nieto para o Furacão. O substituto, Morro García, foi mal e acabou substituído logo no início do segundo tempo. Adaílton, outro "camisa 9", também não correspondeu à altura.
Apesar disso, mais uma vez o argentino destaca o conjunto. "Todos serão importantes. Eu, o Santiago García, não importa se é titular ou reserva."
Na única resposta em que deixa a humildade de lado, ele revela que gosta de atuar em partidas decisivas. "É um momento especial, difícil, que gosto de enfrentar", diz, em bom portunhol, de quem mora em Curitiba desde julho do ano passado.
Para esta rodada, o Atlético tem de vencer de qualquer maneira o já rebaixado Coelho. E torcer, muito, por outros resultados. Um empate entre Cruzeiro e Ceará e derrotas de Atlético-MG e Bahia comporiam o cenário ideal.
Sobre os cálculos para escapar, corrobora a tese do técnico Antônio Lopes. Para o Delegado, duas vitórias serão suficientes na última rodada, o Furacão recebe o Coritiba na Arena. "Vão ter alguns confrontos diretos, isso pode nos ajudar", afirma.
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