Paulo Baier treina e está confirmado
Poupado dos trabalhos com bola durante o começo da semana, o meia Paulo Baier treinou normalmente nesta quinta-feira no CT do Caju e será titular na partida de domingo, em Uberlândia, contra o América-MG. O capitão do time estava com dores no joelho. (LB)
Em campo nos anos 60 e 70, Barcímio Sicupira chegou à impressionante marca de 158 gols pelo Atlético, tornando-se o maior artilheiro da história do clube. Justamente em um momento em que os gols estão em falta para o Furacão no Campeonato Brasileiro, o hoje comentarista esportivo comparece à última edição do Círculo de História Atleticana de 2011, que chegou ao recorde de público nesta quinta-feira (24) à noite no bate-papo com o ídolo. Cerca de 140 torcedores se cadastraram para o evento que aconteceu no Salão VIP da Arena.
O Atlético fez apenas 36 gols nas 36 partidas disputadas até agora no Campeonato Brasileiro, uma irrisória média de um gol por jogo. Tal carência ofensiva, justifica a má colocação na competição, brigando até o fim contra o rebaixamento. Sicupira, 67 anos, apontou em conversa com a Gazeta do Povo que erros no planejamento do futebol foram a causa de todo o sufoco da equipe.
"É uma lástima. O ataque não vem correspondendo. O número de gols do artilheiro da equipe na competição [Guerrón e Marcinho, com cinco cada] é muito baixo. O trabalho tem sido muito mal-feito. Esperaram as coisas acontecerem ao invés de ir atrás. Muito zelo por dinheiro e pouco pelo time", afirmou Sicupira.
O sintoma principal das falhas de planejamento, para o ex-jogador, é percebido com a alta rotatividade de treinadores e atletas. "Se dividirmos o ano por treinadores, teremos um a cada dois meses. É muito. Contrataram vários jogadores e só em outubro eles viram que não serviam. Trouxeram goleiros e volantes, mas quem tinha condições mesmo era da base. Faltou competência para contratar e gerir o time", criticou.
Sicupira relacionou a história do clube com o atual momento, reclamando da falta de identificação de alguns jogadores com o clube. "Muita gente não sabe a história do Atlético. Estive lá num tempo que não havia dinheiro. Seria legal mostrar para os jogadores de hoje que eles têm uma vida boa. Muitos mostram pouco comprometimento. Tanto faz se joga ou não. Nem todos são assim, mas alguns não se incomodam com o risco de rebaixamento", avalia.
Encontro marcado
O Círculo de História Atleticana começou em 2008 e em 2010 passou a ser dentro das instalações do clube com edições mensais. "Teve um dos encontros em que um vascaíno veio falar comigo e achou sensacional um grupo contar a história de um time de futebol, aquela foi uma das melhores noites. Causou também muita emoção o dia em que passamos as partidas semifinais do Campeonato Brasileiro de 1983. Teve gente até gritando gol", contou a organizadora do Círculo, Milene Szaikowski.
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