O meia Paulo Baier entrou apenas aos 39 minutos do segundo tempo e não conseguiu ajudar o time| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

O jogador que por muito tempo foi o namoradinho da torcida atleticana levava nas costas o número 100, em referência a sua centésima partida pelo clube. Porém os primeiros 84 minutos de Paulo Baier no jogo diante do Flamengo foram no banco de reservas. Situação rara para o veterano de 36 anos.

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"Desde que eu cheguei ao Atlético sempre fui decisivo. Eu sou um cara que me cobro muito, mesmo. Meu rendimento não estava legal e conversei com a comissão técnica durante a semana e resolvemos que seria melhor assim", contou o jogador.

Foi do banco que ele assistiu ao primeiro gol do Furacão no Brasileiro. Por coincidência, marcado bem ao seu estilo. Numa cobrança de falta, Madson – que durante o intervalo já havia reclamado da falta de sorte atleticana na hora da conclusão das jogadas – bateu caprichosamente. A bola passou por cima da barreira, acertou o travessão e pingou dentro do gol de Felipe, que só acompanhou com os olhos.

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E foi justamente o baixinho que, aos 39 da segunda etapa, deu lugar a Paulo Baier. Uma aposta de Adilson Batista de voltar à frente no placar, já que os cariocas haviam empatado a partida cinco minutos antes. A substituição, porém, não agradou aos torcedores, que vaiaram e chegaram a chamar o treinador de burro. "Tirei em função de desgaste. Há uma sobrecarrega", tentou explicar.

Com pouco tempo em campo, Baier não teve muito como ajudar. Somente nos acréscimos, uma falta à direita da área deu esperança de que o herói de tantos outros jogos daria de presente a primeira vitória no campeonato. Mas desta vez a cobrança não saiu como de costume. A bola levantada na entrada da área não levou perigo algum.

"É uma fase que a gente está vivendo e vai melhorar", analisou o meia ao final da partida. "Daqui a pouco melhora", concluiu o treinador em ressonância, mostrando que pelo menos no discurso o entrosamento existe.