O clássico do sufoco terminou empatado. Santos e Portuguesa ficaram no 1 a 1, neste domingo à noite, na Vila Belmiro. Com o resultado, o Peixe vai a 30 pontos e continua na 14ª posição, fora da zona de rebaixamento. Já a Lusa, com 27 ultrapassa o Vasco, mas segue abaixo da linha vermelha do Brasileirão. Kléber Pereira marca o gol santista e se isola ainda mais na liderança da artilharia, com 19 gols. Athirson descontou para a Lusa.
Com o empate, tanto Santos quanto Portuguesa desperdiçaram a chance de se afastar do fantasma da queda, já que seus principais correntes não venceram. Fluminense e Vasco perderam; Figueirens e Atlético-PR empataram. Dos times que estão na parte de baixo da tabela, só o Ipatinga venceu.
A Lusa volta a campo na quinta-feira para enfrentar o Vitória, em Salvador. Já o Santos pega o Atlético-PR, sábado, na Vila Belmiro.
Pressão santista não funciona
Tentando repetir o que o Goiás lhe fez no último final de semana, no Serra Dourada, o Santos partiu para cima da Portuguesa já nos primeiros segundos de partida. Aceso, Kléber Pereira lutava muito com os zagueiros adversários e arriscava chutes a gol sempre que a bola lhe caía aos pés. Antes do primeiro minuto, o artilheiro já tentava seu primeiro arremate. A bola saiu forte, mas passou por cima.
Apesar da tentativa de pressão, o Peixe não conseguiu imitar o Goiás. Aos 13 minutos do jogo disputado no sábado retrasado, o time esmeraldino goleava por 3 a 0. Os comandados de Márcio Fernandes, apesar de terem a bola na maior parte do tempo, afunilavam demais o jogo, abandonando as jogadas de linha de fundo e parando na zaga rubro-verde, sem conseguir chegar perto de marcar. Os volantes Rodrigo Souto e Bida tentavam sair para ajudar na armação, mas erraram muitos passes. As chances só saíam quando Kléber Pereira tentou resolver sozinho, seja em chutes a gol de fora ou em jogadas individuais. Sempre sem sucesso.
A Lusa, por sua vez, entrou em campo com uma formação com seis homens no meio-de-campo e apenas um jogador à frente, Edno. No entanto, não era uma formação defensiva. Apenas Rai é volante de ofício. Preto, Fellype Gabriel e Jonas reverazam-se na armação de jogadas, demonstrando bom toque de bola. O time visitante passou a ter o domínio da bola a partir dos 25 minutos de jogo, explorando bem as descidas de Athirson, pela esquerda, e Patrício, pela direita. Faltou aos laterais, porém, maior capricho na hora dos cruzamentos.
A principal chance da Portuguesa saiu aos 37 minutos, num vacilo da zaga santista. Fabiano Eller saiu jogando errado e entregou a bola para Fellype Gabriel, que cruzou para Edno subir e cabecear. A bola bate na zaga e desvia, mas Douglas consegue se esticar e mandar a bola para escanteio.
O segundo tempo começou ainda pior que o primeiro. Os dois times abusaram demais dos erros de passes, das faltas no meio-de-campo e dos chutões. Quando os jogadores resolveram colocar a bola no chão, os gols saíram. Aos 13, Kléber Pereira, sempre ele, recebeu pela direita, deu um corte seco em seu marcador e chutou colocado de esquerda, acertando o canto direito do goleiro André Luís. Foi o 19º gol do artillheiro do Brasileirão.
Os santistas nem tiveram tempo para comemorar. A Lusa reagiu imediatamente e empatou o jogo no lance seguinte. Aos 15, a bola foi lançada para a esquerda. O goleiro Douglas foi atrapalhado por Rodrigo Souto e não conseguiu acertá-la. Athirson, ex-jogador santista, completou de cabeça para o gol vazio.
Vendo que seus volantes não funcionavam, o técnico Márcio Fernandes trocou um deles, Bida, pelo meia Pará. Estevam Soares também mexeu no meio-de-campo, tirando Fellype Gabriel e colocando Heverton, para dar mais velocidade e aproveitar contra-ataques.
O Santos não se abateu com o empate a jato da Portuguesa e quase ampliou aos 21, numa linda jogada de Kléber Pereira. Cuevas cruzou da direita e o artilheiro completou de voleio, obrigando André Luís a fazer grande defesa.
Pressionado pela torcida, o Peixe passou a tentar chegar ao ataque de qualquer jeito, sem trabalhar a bola e buscando a ligação direta para o ataque, em chutões para a frente. Márcio Fernandes tentou fazer com que seu time segurasse mais a bola no meio, tirou Michael, que jogava mal, mas colocou o ataque Tiago Luís, que entrou fora de posição, sem conseguir acrescentar nada ao time. Apenas mais correria. O erro do técnico foi consertado com a troca de Cuevas por Molina. Aí, Tiago foi adiantado para jogar em sua posição, ao lado de Kléber Pereira.
A Portuguesa não conseguia dominar a bola, virou presa fácil para a marcação santista, e ficou acuada em seu campo, apenas se livrando da bola. Aos 38, Erick deu uma entrada violenta em Tiago Luís e acabou expulso.
Com um jogador a menos, a Lusa se encolheu ainda mais e passou a ver a bola passar por todos os lados. Apesar da instistência santista, o clássico terminou empatado.
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Doações dos EUA para o Fundo Amazônia frustram expectativas e afetam política ambiental de Lula
Painéis solares no telhado: distribuidoras recusam conexão de 25% dos novos sistemas
Deixe sua opinião