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Com sede definida oficialmente no Brasil desde outubro de 2007, a Copa do Mundo de 2014 ganhará cara hoje, com a definição das 12 cidades-sede | Marcelo Elias/Gazeta do Povo
Com sede definida oficialmente no Brasil desde outubro de 2007, a Copa do Mundo de 2014 ganhará cara hoje, com a definição das 12 cidades-sede| Foto: Marcelo Elias/Gazeta do Povo

Quando o Brasil foi escolhido como sede da Copa do Mundo de 2014, ainda em outubro de 2007, surgiram várias cidades brasileiras interessadas em receber os jogos da competição. A lista de pretendentes, porém, foi fechada em 17 capitais estaduais: Belém, Belo Horizonte, Brasília, Campo Grande, Cuiabá, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio Branco, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.

Inicialmente, seriam apenas 10 cidades escolhidas, mas a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) conseguiu convencer a Fifa a aumentar a cota para 12. Aí, começou a batalha política e o desenvolvimentos dos projetos para se credenciar ao desafio de sediar jogos de uma Copa do Mundo. Desde o começo, porém, algumas candidatas já estavam com a vitória garantida, independentemente do que fosse feito durante o processo que acaba hoje.

Esse é o caso do Rio de Janeiro, que, até mesmo por uma questão histórica, irá receber a final da Copa, assim como fez em 1950, no único Mundial já realizado no Brasil. Para tanto, a cidade irá reformar o Maracanã e aposta na sua vocação turística, com grande rede hoteleira. Mas também promete reforçar a segurança nas ruas, o que é apontado como seu principal problema.

Outra cidade garantida desde o começo é São Paulo, principal centro econômico do Brasil. A escolha natural da candidatura paulista foi o Morumbi, estádio são-paulino que precisará passar por reforma para receber a Copa do Mundo. Belo Horizonte, também nome certo na disputa, pretende remodelar o Mineirão, numa obra que deve consumir entre R$ 500 milhões e R$ 1 bilhão.

Capital federal, Brasília já tem o único estádio do país totalmente de acordo com as normas da Fifa – o Bezerrão, no Gama, para 20 mil espectadores –, mas resolveu gastar cerca de R$ 600 milhões para melhorar o Mané Garrincha, cuja capacidade passará de 42 mil para 71 mil pessoas. Assim, espera receber jogos importantes e ter papel de destaque na competição.

No caso de Porto Alegre, a presença da Copa deve provocar a construção de um metrô, a um custo de R$ 3 bilhões, cuja linha ligaria o centro da cidade ao Beira-Rio, estádio do Inter que será reformado para receber os jogos – o Grêmio, no entanto, ainda tenta desbancar seu tradicional rival, para levar o evento ao seu novo estádio, cujas obras começam no ano que vem.

O plano de Curitiba também é aproveitar um estádio já existente, a Arena da Baixada, do Atlético, que precisaria, no entanto, de algumas melhorias. Além disso, a capital paranaense promete investir R$ 4 bilhões em obras estruturais, sendo que a maior parte dos recursos será designado para a mobilidade, especialmente no acesso ao Aeroporto Afonso Pena e no metrô.

Entre as quatro candidatas nordestinas, duas optaram por reformar os estádios já existentes. É o caso de Fortaleza, que vai utilizar o Castelão, cujas obras devem consumir R$ 400 milhões. E de Salvador, que pretende fazer uma "nova" Fonte Nova, preservando os traços marcantes da estrutura atual. Esse projeto está orçado em R$ 250 milhões, dentro de um plano de investimento do governo baiano que chega a R$ 2 bilhões.

No caso de Natal, o projeto prevê construir a Arena das Dunas no lugar onde está hoje o Machadão. No Recife, o novo estádio será erguido no município metropolitano de São Lourenço da Mata, a 22 quilômetros da capital pernambucana - isso, porém, resultará na criação de uma linha de metrô para levar o torcedor ao local, além de outras facilidades de transporte.

Na região Norte, Belém, Manaus e Rio Branco prometem reformar os estádios já existentes – respectivamente, Mangueirão, Vivaldão e Arena da Floresta. Essa é a mesma estratégia de Florianópolis, que pretende utilizar o Orlando Scarpelli, devidamente remodelado. E no Centro-Oeste, Campo Grande, Cuiabá e Goiânia também falam em modernizar suas arenas – respectivamente, Morenão, Verdão e Serra Dourada.

Enfim, todas apresentaram suas credenciais nos últimos meses, inclusive com visita dos inspetores da Fifa a cada uma das 17 candidatas. Agora chegou a hora de ver quem levou a melhor nessa disputa para receber a Copa do Mundo de 2014.

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