Na edição 2010 do Jogo das Estrelas, neste domingo (26), no Engenhão, Romário e Túlio reviveram uma velha disputa entre artilheiros dos anos 90 no futebol carioca. E se o Baixinho foi o goleador da partida beneficente organizada por Zico, com três gols, o ídolo da torcida do Botafogo foi o que mais comemorou, incluindo mais dois gols na sua contabilidade em busca do milésimo. O time vermelho, de Zico e Romário, venceu a partida por 8 a 6.

CARREGANDO :)

Apesar de ainda não estar totalmente recuperado de uma cirurgia no ombro direito, Zico teve motivos para festejar. Além da vitória da sua equipe, o Galinho contou com a presença de vários jogadores e ex-atletas, e um bom público no Engenhão (23.290 presentes). A renda será destinada a entidades filantrópicas.

O clima de Engenhão foi de paz entre as torcidas. Torcedores dos quatro grandes clubes cariocas e até de clubes de fora do Rio compareceram ao estádio do Botafogo. Nas cadeiras, podiam se ver fãs de vários times sentados no mesmo setor, em total tranquilidade.

Publicidade

Zico foi a campo com o braço operado por dentro da camisa, preso ao corpo. O maior ídolo do Flamengo formou o meio-campo da equipe vermelha com Júnior, parceiro do histórico time do Fla nos anos 80, e Ibson. Romário e Emerson fizeram a dupla de ataque. Na equipe branca, Vagner Love e Túlio atuaram juntos na frente. Ex-jogadores como Andrade, Adílio e Renato Gaúcho ficaram ao lado de atletas em atividade, como Leo Moura, Dedé e Carlos Alberto.

Mesmo com dificuldades de movimentação, Zico mostrou a velha categoria, com ótimos passes para os companheiros. E até um toque de letra para Romário. O Baixinho quase abriu o placar aos 13 minutos, quando colocou a bola longe do alcance do goleiro Marcelo Leite e acertou a trave esquerda.

Do outro lado, Túlio levava o jogo a sério, buscando reduzir a distância para o milésimo. O atacante de 41 anos procurava a jogada individual. Mas não pôde vibrar na etapa inicial. Em cinco arremates a gol, mandou todas para fora. Em um dos lances, Renato Gaúcho chegou a se ajoelhar no gramado, implorando em tom de brincadeira para que o atacante passasse a bola.

Quem marcou primeiro foi o autor do último gol em jogo oficial no Engenhão. Aos 33, Emerson driblou Gonçalves e chutou da meia-lua, no canto direito, abrindo o placar para o time vermelho. E teve que ouvir vaias de parte dos torcedores do Flamengo, seu ex-clube. O atacante do Fluminense ampliou quatro minutos depois, diante do gol vazio, após receber passe de Galletti.

Aos 41, a parceria Zico-Romário, retomada no Jogo das Estrelas do ano passado após um afastamento de 11 anos, voltou a funcionar. O Galinho deu belo passe para o Baixinho, que passou pelo goleiro e tocou para a rede. Dois minutos depois, Romário fez 4 a 0, após driblar Gonçalves e tocar no canto direito.

Publicidade

Túlio festeja no segundo tempo

No segundo tempo, Zico seguiu comandando a festa. Com quatro minutos, lançou Amoroso, que havia substituído Emerson. O ex-jogador marcou o quinto da equipe vermelha. Do outro lado, o time branco não se cansava de perder chances. Vagner Love isolou a bola aos oito. Mas dois minutos depois, Túlio balançou a rede, com um chute da meia-lua da área, que o goleiro Elinton aceitou. O seu gol 937 da carreira, pela sua contagem.

"Com toda a imprensa aqui, esse público maravilhoso. Só bobo não contaria", disse o veterano atacante antes da partida.

E teve mais um para somar, quando fez o terceiro do time branco aos 16, de bico, após passe de Felipe Adão. Antes, Vagner Love havia marcado o seu, o segundo da equipe.

Se não marcou, Zico teve o prazer de ver o filho Thiago balançar a rede aos 19, em jogada iniciada pelo Galinho. Artilheiro da tarde, Romário fez o sétimo do time vermelho dois minutos depois.

Publicidade

Zico ficou em campo até aos 28 minutos do segundo tempo, quando foi substituído pelo irmão Edu.

Carlos Alberto fez o quarto gol do time branco aos 29. Thiago (32), Felipe Adão (36) e novamente Carlos Alberto (44) também balançaram as redes.

E o placar poderia ter sido mais elástico se o auxiliar Enilson Santos não tivesse apontado vários impedimentos de forma equivocada.

Na véspera do retorno à Itália, para a reapresentação aos seus clubes, Adriano, Juan e Júlio César foram ao Engenhão, mas não entraram em campo.

Publicidade