Alviverdes
Premiação
Os jogadores do Coritiba estiveram em reunião com o vice-presidente Vilson Andrade antes do treino de ontem. O objetivo foi estipular uma premiação para a Série B, que ainda não foi acertada. "Me seduz a idéia de premiar por permanência entre os quatro primeiros", contou o dirigente, que não falou em valores.
Repatriados
O zagueiro Cleiton e o meia Rodrigo Pontes estão de volta ao Coritiba. Eles disputaram o Paulistão pelo Botafogo de Ribeirão Preto e conquistaram o título do interior paulista. A permanência deles no elenco alviverde dependerá do aval do técnico Ney Franco.
O futuro de Ariel Nahuelpan no Coritiba segue um mistério. Dentro de sete jogos, 54 dias, o contrato em vigor com o clube termina segundo o Boletim Informativo da CBF, documento válido para o registro de atletas no país. E no jogo entre o Coxa, advogados e empresário do jogador, ninguém ainda mostrou uma carta decisiva.
Um dos principais responsáveis pela conquista do Estadual, com gols importantes como no clássico com o Paraná, no segundo turno, vive uma contagem regressiva no Alto da Glória. Cada parte interessada diz ter segurança de que seu ponto de vista jurídico é o mais correto.
De fora do jogo de estreia contra o Náutico por uma lesão na coxa esquerda, Ariel tem evitado falar sobre o assunto. A trégua com a imprensa aconteceu após o título estadual, quando ele voltou a público. Sobre o contrato, o máximo que dizia era que "estava trabalhando com o mesmo afinco e dedicação pelo Coritiba". Futuro, nada.
Com o contrato se encerrando em 30 de junho (de acordo com o BID), Ariel se vê em meio a especulações e indefinições. A mais recente dá conta de que ele vai para o futebol mexicano.
"Vou te falar um negócio: não tem nada. Nenhuma proposta. Mas qualquer acerto que o Ariel venha a fazer antes do dia 30 de junho, pela lei, tem de comunicar o Coritiba. Depois é outra história", conta o advogado Augusto Mafuz, que diz ter sido procurado pelo jogador por indicação do atacante Rômulo, ex-Coritiba, ainda em janeiro. Na ocasião, o Coxa teria tentado a renovação compulsória do contrato. Que para Vilson Ribeiro de Andrade, vice-presidente coxa-branca, sequer precisa ser renovado: "Nosso acordo é por cinco anos".
A disputa existe porque a legislação brasileira não permite que estrangeiros façam um contrato maior que dois anos em um primeiro momento. O Coritiba registrou um registro com o período legal e possui outro, com vigência até 2013.
"É o mesmo caso do Guiñazu, do Inter. Para renovar, vamos pegar um voo até Foz com o Ariel e tudo certo", contemporiza Andrade, amparado pelo parecer jurídico do departamento especializado do clube. Entretanto, essa é a brecha onde se apega o advogado Mafuz: "Não reconheço esse contrato de cinco anos. Eu reconheço o de dois anos".
Ainda assim, o dirigente coxa-branca se mostra muito tranquilo. "Se ele quiser sair, vamos executar a multa, que é de 20 milhões de euros", promete Andrade, que se fia ainda no caráter do jogador em cumprir o que teria averbado: "É um ótimo menino".
A opinião é geral entre quem vive o dia a dia do clube. Já Mafuz é mais ácido: "O Coritiba vai blefar até o último minuto". O histórico recente em disputas parecidas (casos de Jancarlos e Marcos Aurélio no Atlético) é contestado pelo dirigente, que, diante do impasse na negociação, sai pela tangente: "Quando terminar o prazo, todos terão a notícia".
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