Como assume a presidência oficialmente sexta-feira (27), Luís Carlos Casagrande foi orientado a não dar declarações como mandatário do Paraná até lá.| Foto: Brunno Covello/Gazeta do Povo

Quarenta anos nos bastidores do Paraná – e do antecessor Pinheiros – não foram suficientes para impedir o impacto da nova função a Luís Carlos Casagrande, que amanheceu como o presidente paranista quarta-feira (25). Conduzido por via estatutária ao principal posto diretivo, após a renúncia de Rubens Bohlen, ele passou o dia dividido entre tatear as incumbências burocráticas da presidência e resgatar às pressas o grupo Paranistas do Bem.

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Após propor investir R$ 4 milhões para uma reestruturação do Tricolor – estopim da derrocada de Bohlen, materializada na terça-feira (24) sob a justificativa de que estava sendo ameaçado –, o grupo teria se desmobilizado. Reagrupar os possíveis apoiadores virou prioridade de Casinha.

O apelido, que o acompanha na longa trajetória, será mantido mesmo à frente do maior cargo na Kennedy, como ele garantiu a um interlocutor em um dos incontáveis telefonemas de boas-vindas – e de boa sorte.

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Oficialmente, como será empossado apenas na sexta-feira (27), foi orientado a não dar declarações antes disso. Também por esse motivo, precisou de uma reunião às pressas com o departamento jurídico para saber o que já poderia assinar ou não em nome do Tricolor. Ainda assim, apesar do abatimento em meio ao ápice da crise política, o novo presidente garantiu um ‘reforço’ importante.

“Acredito que o Casinha já esteja entrando em contato com todos os membros do grupo. Da minha parte, eu confirmei a ele que a base terá todo meu apoio administrativo”, afirmou Carlos Werner, membro do Paranistas do Bem e que deixou de atender as categorias formadoras diante das divergências políticas com a administração de Bohlen. O retorno do mecenas é parte do pacote de suporte com o qual a nova administração pretende contar.

“O Casinha já está fazendo contatos com algumas pessoas, tentando organizar um encontro, mas tem muita gente viajando, está complicado. Temos de ver se o projeto ainda é viável. Eu vejo o projeto que apresentamos inicialmente sem possibilidades de ser executado. Teria de ser adaptado”, explicou Leonardo Oliveira, outro membro do grupo, que também iniciou uma mobilização interna desde a noite de terça-feira, após o pronunciamento de Bohlen.

“A gente espera que até sexta-feira possa ter uma análise mais concreta desse cenário. Se o grupo desistir, a situação do Paraná seguirá a mesma, mesmo sem o Rubens Bohlen. A nossa expectativa é de que o Paranistas do Bem retorne. Mas eles já tinham manifestado que tinham encerrado o prazo para assumir. A renúncia do Bohlen foi um fato novo e agora temos de reiniciar as conversas”, afirmou o presidente do Conselho Consultivo, Benedito Barboza, na esperança de resgatar a oferta de apoio inédito.

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