• Carregando...

Ronaldinho Gaúcho reinou por cinco anos no Barcelona. Mas o clube precisou de apenas dez meses sem o brasileiro para uma conquista inédita: o "triplete". Com o título da Liga dos Campeões contra o Manchester United, o Barça é o primeiro time espanhol a vencer o principal torneio europeu, o campeonato nacional e a Copa do Rei em uma única temporada. Por outro lado, o ex-gremista vive uma de suas piores fase na carreira, como reserva do Milan e descartado da seleção por Dunga.

Muita coisa mudou entre 2006, o auge de Ronaldinho no Barça com a conquista da Liga dos Campeões sobre o Arsenal, e 2009, quando a camisa 10 da equipe catalã brilha com o argentino Lionel Messi, um dos melhores amigos do ex-gremista na Espanha. No Milan desde julho do ano passado, o brasileiro não caiu nas graças do técnico Carlo Ancelotti e atuou 26 partidas na temporada e marcou apenas oito gols.

Na Espanha, o Barça vive feliz sem Ronaldinho, vendido por € 21 milhões ao clube italiano depois de ter conquistado duas vezes o Campeonato Espanhol e uma a Liga dos Campeões, além de ter encantado o mundo com jogadas geniais. O ex-gremista foi embora após um 2008 sem títulos, ao lado do técnico Frank Rijkaard e do meia Deco. Nomes como Messi, Eto’o e Xavi ficaram. Deu certo.

"Ronaldinho é o maior jogador da história moderna do Barcelona. A questão é que seu ciclo durou menos do que o esperado por todos. Prova disto é também seu desempenho na seleção. É errado pensar que o time joga melhor sem ele, de fato porque este é outro projeto, com outro treinador, mesmo que o estilo de jogo e parte do elenco seja o mesmo", analisou o jornalista espanhol Joaquim Piera, correspondente do jornal catalão "Sport", especializado na cobertura do Barça, em São Paulo.

Após a conquista de 2006, a relação de amor entre Ronaldinho e o Barcelona começou a ter problemas. O craque caiu de produção nos gramados e sua vida fora de campo passou a ser criticada. Até hoje, o atual camisa 80 do Milan tenta recuperar a magia. Mas, na Catalunha, ainda é ídolo.

"Nem Cruyff, nem Maradona, nem Schuster, nem Romário, nem Rivaldo: ninguém fez o mesmo que fez Ronaldinho em três anos lá. Parece que no futebol atual o ontem já não interessa, mas, olhando com perspectiva, ele é o maior entre os grandes", completou Joaquim, resumindo o sentimento de boa parte da torcida do Barça:

"A lástima é que só durou três anos de bom futebol. E esta é a maior frustração não poder desfrutar dele mais tempo."

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]