O Coritiba tinha uma campanha exemplar em 2006. Era o líder isolado da Série B na virada do primeiro turno. No ano se­­guinte à sua queda, parecia encaminhar o retorno a elite. Foi quando, inexplicavelmente, após quase uma semana no interior paulista, co­­meçou a derrocada.

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Oito jogos sem vencer, apenas três pontos marcados e nenhuma explicação foi suficiente pa­­ra justificar o pífio desempenho.Muito se falou sobre o motivo da queda inesperada nos bastidores, mas nunca a principal suspeita do problema chegou a vir a público: traição dentro do elenco.

Nesta semana, contudo, o presidente do clube na época, Gio­­vani Gionédis, deu a entender, sem revelar nomes, ser este foi um dos principais mo­­tivos para o declínio alviverde. "Não confirmo, mas é verdade. Aconteceu isso (a traição)", afir­­mou.

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O caso teria ocorrido da seguinte forma: havia um jogador que sempre estava lesionado e enquanto a equipe viajava para jogar, ele mantinha um caso com a mu­­lher de um companheiro de time. Na viagem de quase uma se­­mana em Itu, contudo, alguns jogadores teriam ficado sabendo da infidelidade por uma ligação telefônica e contaram para o atleta traído. O caso dividiu o grupo.

"Não tenha dúvida (de que o fato foi um dos principais motivos de o Coxa ficar na Segun­­dona), mas só descobrimos isso depois. Houve uma desarmonia entre os jogadores e não sabíamos o motivo. Só ficamos sabendo no final do campeonato. Mas não foi divulgado, pois não se tinha provas", diz Gionédis.

Atlético e Paraná também têm histórias semelhantes, mas de menor influência dentro de campo. Em 2001, por exemplo, conta-se que um atleta do Ru­­bro-Negro chegava a fugir da concentração para viajar a São Paulo e cuidar da mulher, que o teria traí­­­­do com um companheiro em um clube anterior ao Furacão.

Há cerca de uma década, ocorreu também no Tricolor. Dois jogadores recém-contratados moravam no hotel. Jogaram juntos boa parte do Estadual, até a traição ser descoberta. Dessa vez os dois foram mandados em­­bora.

"Isso sem contar outro tipo de coisa que a gente vê por aí e releva", diz José Domingos, ex-vice do Paraná. Ele completa com propriedade: "Esse é o mundo da bola!". (MR)

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