Há 20 dias do início da Série B, o técnico do Paraná, Luciano Gusso, admite que ainda espera os reforços necessários para tornar o time competitivo na disputa. O treinador também afirma que a promessa da nova diretoria é de um time capaz de brigar pelo acesso, com salários em dia e possíveis premiações por metas alcançadas. Confira a entrevista completa com o comandante paranista.
O elenco atual está em que condições para a disputa da Série B?
Temos consciência de que precisamos fortalecer esse grupo, que é jovem e precisa de mais experiência. A gente vai encontrar uma Série B bem competitiva e pra isso precisamos de atletas com experiência maior diante do que vamos enfrentar.
Que posições você acha que precisam urgentemente de reforços?
Temos conversado mais internamente sobre isso, mas dentro de todos os setores estamos precisando de alguns atletas.
Quais os times a serem batidos na Série B deste ano?
Vamos ter uma Série B difícil porque todos estão se preparando muito bem. É difícil apontar um só. Tem equipes que subiram e que tem tradição boa, equipes que caíram e que sabemos que vão disputar novamente pra subir. Na estreia, por exemplo, vamos pegar o Ceará, que vai decidir a Copa Nordeste [contra o Bahia, também da Série B]. Precisamos estar preparados. Muito disso é questão de reforços, de qualificar esse grupo jovem e de boa qualidade.
É possível montar um time em três semanas e construir uma campanha vitoriosa?
Precisaríamos o quanto antes desses reforços para poder ter tempo de treiná-los e prepará-los. Já estamos nos aproximando da data inicial da Série b e a cada dia temos menos tempo de trabalho com esses atletas. Isso dificulta , mas sei dos esforços das pessoas que estão trabalhando para qualificar o grupo. Creio que em breve teremos novidades.
Como lidar com as negativas do mercado, especialmente pela fama da mau pagador do clube?
Falando a verdade para os atletas, dizendo que o Paraná tem um planejamento agora, uma organização diferente, para poder ganhar credibilidade maior no mercado. Sendo sincero, para que o atleta possa acreditar nisso e encontrar aqui a realidade que foi passada pra ele. Eu acredito que, fazendo isso, outros atletas ficam sabendo e poderão vir na sequência, isso é muito importante.
Como foi a transição de diretoria dentro do departamento de futebol?
As pessoas que estavam tocando o futebol tinham bom relacionamento com o elenco. Mas agora não têm sido diferente. Sempre tem aquela fase inicial de conhecer as pessoas novas. O mais importante é que dentro das conversas com os atletas tem sido falado que o clube está disposto a mudar essa imagem ruim que tem tido. A gente espera mesmo que aconteça. O grupo que está assumindo é sério, conheço algumas pessoas e esperamos que isso mude para o bem do clube.
Por que o Marcos Serrato, uma das apostas do clube, foi tão pouco utilizado?
Poucos sabem, mas o Serrato acabou se machucando no início do ano. Isso atrasou o processo dele. Quando retornou foi readquirindo a forma física, acabou entrando bem e estava pedindo passagem para ser titular. Gostaria de contar com ele, creio que o clube perde, por ser jogador de potencial. Vejo nele grande futuro.
Acha que a fraca campanha no Estadual vai pesar contra você no início de trabalho na Série B?
Creio que não. Pelo que sei, os torcedores sempre me apoiaram e a diretoria sempre teve confiança. O torcedor fica chateado com a eliminação, porque o Paraná é grande, mas a gente sabe a realidade com que trabalhamos. Só nos sabemos dos problemas com relação à blindagem do grupo e situações do dia a dia. Diante disso, muitos achavam que estaríamos no Torneio da Morte, mas conseguimos classificar com um grupo jovem. Diferente de outros anos, o investimento foi bem menor agora. Por tudo isso, acho que foi um bom trabalho. Queremos desenvolver o trabalho numa condição em que a gente possa ter esse resultado que infelizmente não tivemos no Estadual.
O Paraná entra na Série B para ser figurante, não cair ou para buscar o acesso?
A ideia é fazer um time competitivo para disputar as primeiras colocações e, se possível, o acesso. É o objetivo desse grupo novo. A gente não pode pensar diferente. Mas vai depender daquilo que vamos ter de atletas, da condição de trabalho. Acreditamos sim nesse suporte de fazer uma equipe competitiva e consequentemente disputando as primeiras colocações e o acesso.
Como repercute no elenco a proposta de salários em dia, elenco enxuto e salários abaixo do valor de mercado?
Quando se fala de salário em dia o atleta acaba tendo um ânimo diferente. Em relação a valores, é uma questão particular de cada um. A gente espera que, daqui pra frente, decisões sejam tomadas e que a gente tenha um grupo qualificado, em condição de ter bons resultados.
É possível oferecer um bicho por vitórias na Série B, algo que costuma funcionar na disputa?
Pode dar resultado. Com salários em dia e o fato de ter a possibilidade dessa premiação também, pode ser uma boa razão sim de estar no Paraná.
O que a nova diretoria te prometeu? E o que você pode prometer á torcida?
Um time competitivo, que possa disputar as primeiras colocações e o acesso. À torcida, posso prometer muito comprometimento, um perfil de equipe competitiva, que jogue honrando essa camisa que tem muita tradição. Assim estaremos perto dos resultados.
Os salários já estão em dia, como prometido?
Sobre isso estamos conversando internamente.
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