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Ney Franco recomenda cuidado especial com a bola parada e o atacante Reinaldo, armas que ele usava no Botafogo | Hedeson Alves/Gazeta do Povo
Ney Franco recomenda cuidado especial com a bola parada e o atacante Reinaldo, armas que ele usava no Botafogo| Foto: Hedeson Alves/Gazeta do Povo

No Couto, um nó de Ney em René

Ney Franco tentará repetir no comando do Coritiba o mesmo efeito obtido no dia 29 de julho, quando jogou no Alto da Glória pelo Botafogo. Naquela partida noturna, ele viu sua equipe estar à frente por duas vezes e tomar o empate por 2 a 2 nos últimos minutos. Mas o técnico deu um nó no esquema de René Simões.

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Adversário

Botafogo faz apelo aos seus torcedores

Sob forte pressão e ainda lamentando a eliminação da Copa Sul-Americana, o Botafogo recorre à torcida para bater o Coritiba. Mas condiciona essa presença à ida em massa ao Engenhão e a não vaiar os jogadores em nenhum momento. "Não adianta largar o time agora. Sabemos que os torcedores serão fundamentais nessa partida", disse o volante Leandro Guerreiro, que é dúvida, pois se recupera de uma tendinite no joelho esquerdo. O Fogão perdeu às vésperas da partida o atacante André Lima. Ele terá de operar o joelho esquerdo.

Agência Estado

Ney Franco até tenta esconder a ligação emocional com o Bo­tafogo. Última equipe que dirigiu antes de chegar a Curi­­tiba. Clube no qual ficou por quase um ano e conquistou seu último título: uma Taça Gua­­nabara, no começo da temporada. Mas foi difícil esse vínculo não aparecer no decorrer das entrevistas antes do confronto de hoje, 18h30, no Engenhão. Dessa vez, com o treinador do lado alviverde.

A saída traumática, quando a diretoria botafoguense ficou dividida em dispensá-lo, ou a base do atual elenco, formada por ele, fazem o técnico de­­­mons­­­trar, em certos momentos, até um pouco de nostalgia. Con­­tudo, as lembranças são cortadas abruptamente quando a classificação do Brasileirão vem à tona. As duas equipes brigam para escapar do rebaixamento. Estão coladas na tabela. Daí para frente, o carinho se transforma em rivalidade, senso de sobrevivência, ou algo parecido com isso. Acompanhe o processo.

"Tive uma passagem de um ano. Logicamente há pessoas de que gosto lá. Minha saída do Botafogo foi um pouco traumática, pois tinha muitas pessoas dentro do clube que queriam minha permanência", relembra Ney. E logo após ataca. "Mas nesse momento tem de ser profissional. Ainda não escapamos do rebaixamento, queremos a Sul-Americana. Vou fazer de tudo para ganhar essa partida."

Armas contra o Fogão

Para isso, o treinador pretende utilizar todas as suas armas. Quer explorar o torcedor, o qual tanto lhe incomodou no En­­genhão. Quer atenção especial nas bolas paradas e em Reinaldo, a maior contratação do clube em sua época no Alvinegro. Tudo is­­­so já o fez sofrer e sorrir em várias ocasiões.

"O Juninho é um dos melhores batedores a longa distância. Próximo da área tem o Lúcio Flá­­vio. O Reinaldo está voltando e tem um potencial enorme", afirma o técnico, que aponta também o calcanhar de aquiles do time, hoje, dirigido por Estevam Soares: sua própria casa.

"Sabemos que o Botafogo não foi muito bem nos jogos com o seu mando. Existe uma impaciência da torcida. Então é aquele jogo para explorar isso. Tentar sair na frente para que a torcida vire contra eles", prosseguiu.

Nesse ponto, Ney Franco recebeu uma ajudinha ao perder Carlinhos Paraíba por suspensão. O meia, que cadencia mais o jogo, dará lugar a Re­­natinho, que impõe mais velocidade. A configuração deixa o Alviverde mais forte, principalmente nos contra-ataques. Os outros desfalques são Jéci, que para por duas semanas por uma lesão no joelho, e Édson Bastos, que continua fora da equipe com uma contratura muscular. Jogam, respectivamente, Dirceu e Van­­derlei.

"Acho que será um jogo bonito, com boas oportunidades de gol. Esperamos ter mais competência que o adversário", diz Ney Franco.

Ao vivo

Botafogo x Coritiba, às 18h30, no SporTV e no tempo real da Gazeta do Povo

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