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A nova comissão de árbitros da Federação Paranaense de Futebol (FPF) tomou posse ontem com uma duríssima missão: limpar a imagem da arbitragem no estado. O experiente Afonso Victor de Oliveira – 63 anos de idade, 26 de apito – será o responsável pelo trabalho que tem como primeiro foco o Campeonato Paranaense 2006, a partir de 11 de janeiro.

Ao lado dos também ex-árbitros José Carlos Meger, Gérson Baluta, José Amaral e Waldemar Henrique dos Santos, a principal missão é deixar para trás a série de denúncias contra os homens-de-preto em 2005. O caso dos Bruxos, em nível regional, e as fraudes de Edílson Pereira de Carvalho, em status nacional, desanimam qualquer um que pretende apitar futebol.

"Esse é um fardo que os árbitros ainda terão de carregar por um bom tempo", disse o novo presidente da comissão a um árbitro que reclamava de ser sempre hostilizado pelas denúncias de corrupção.

Reclamações, aliás, foram as coisas que Oliveira mais ouviu no primeiro dia no cargo. Falta de segurança em jogos amadores, mudanças nos testes físicos e psicológicos, divulgação de currículo dos árbitros e um pedido de renovação no quadro são só alguns dos pedidos feitos pela platéia que assistiu a solenidade.

"Era para ser apenas uma cerimônia de posse e tomou outro rumo. Mas não existe classe sem problemas", contentou-se Oliveira, sem antes de responder uma a uma as perguntas dos apitadores.

Entre os questionamentos, destacou-se o discurso do veterano Francisco Carlos Vieira, o Carlão. Ex-presidente da Associação de árbitros de futebol do Paraná (APAF), ele exigiu oportunidades para os mais jovens. "O Carlão já está ficando velho e não dá para ter só o Heber (Roberto Lopes) e o Evandro (Rogério Roman)", disse.

Além de gradativamente renovar os nomes no apito, Oliveira também quer implantar um sistema com observadores em todas as partidas do estado. "Serão de preferência ex-árbitros que terão em mãos um relatório para avaliar a arbitragem em cada jogo", explicou.

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