O presidente da Confederação Brasileira de Basquete (CBB), Gerasime Grego Bozikis, definiu como "um momento mágico" o lançamento do Novo Basquete Brasil (NBB), que será o único torneio nacional na próxima temporada. A competição será comandada pela Liga Nacional de Basquete (LNB), entidade recém-criada que reúne 19 clubes de todo o país. A iniciativa interrompe uma cisão que se estende desde 2005 entre clubes e confederação pela organização de um campeonato brasileiro.

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Naquele ano, algumas equipes insatisfeitas com a administração do torneio, principalmente em quesitos financeiros e de patrocínio, decidiram disputar uma competição à parte – a Nossa Liga de Basquete, encabeçada pelo ex-cestinha Oscar Schmidt. A tentativa naufragou rapidamente, mas a insatisfação com a gestão de Grego continuou forte. A briga de bastidores enfraqueceu o já combalido basquete brasileiro, que completou 16 anos sem disputar uma Olimpíada.

A decisão de unir forças tem como objetivo tentar mais uma vez fazer renascer a modalidade no Brasil. "Queremos reconduzir o basquete à condição de segundo esporte mais popular do país", reforçou o empresário Kouros Monadjemi, de 63 anos, que comanda a LNB.

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"Foi um dia mágico para o basquete brasileiro, que conseguiu juntar todos os estados e clubes para fazer um campeonato com a chancela da CBB, de acordo com as normas da Fiba", concordou Grego. O torneio, porém, terá 15 times representando apenas sete estados – o Paraná, por exemplo, ficou de fora (devido às divergências políticas entre dirigentes de Londrina). Cada participante terá de desembolsar R$ 40 mil para ter vaga na liga, marcada para começar dia 23/1.

O sentimento evocado pelos participantes da cerimônia, que contou até com o ministro dos esportes Orlando Silva, era de sucesso e "realização de um sonho". Esperança compartilhada por dirigentes, técnicos e jogadores.

"Não tenho dúvida de que o basquete estava em baixa, por falta de comando, mas a partir de agora os clubes assumiram a responsabilidade e têm autonomia. Eles representam a base da pirâmide e, com consenso, haveremos de traçar um novo caminho para o Brasil", disse o técnico Hélio Rubens, apostando na longa duração da lua-de-mel de clubes com confederação. A competição passará a ser transmitida também pela tevê, com apoio da Rede Globo.