Novidade da Copa do Mundo 2018, presente na Libertadores e Sul-Americana e tendência nas principais disputas do mundo, o árbitro de vídeo (VAR) está confirmado em pelo menos quatro estaduais brasileiros em 2019: Paulista, Carioca, Gaúcho e Mineiro. A tecnologia também deve ser confirmada no Baiano.
Já no Paraná, a justificativa da Federação Paranaense de Futebol (FPF) para a ausência do VAR é a falta de recursos. “A ideia é interessante e há o projeto, mas ele precisa ser discutido com os clubes, pois tem um alto custo. Por isso, neste momento, se torna inviável”, explica a FPF via assessoria de imprensa.
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Presidente da Comissão de Arbitragem da entidade, Afonso Vítor de Oliveira elogia e defende a tecnologia. Mas reforça as dificuldades financeiras como entrave para a sua utilização no Paranaense.
“Como a Federação Paranaense é pobre, acho que não passa pela cabeça do Hélio [Cury]”, explica, citando o presidente da entidade. “Eu sou totalmente favorável ao VAR. Desde que ele venha e se cumpra. Tudo que for melhorar a arbitragem, sou favorável”.
Ainda segundo o ex-árbitro, a possibilidade de uso do VAR no Estadual sequer começou a ser discutida na Comissão e dependeria da vontade dos clubes em bancar os custos.
“Nem foi falado no último arbitral, nem se falou no VAR. É caro para as equipes. Agora, se elas entenderem que podem bancar, se for viável financeiramente, sou favorável, para a arbitragem é uma beleza”, reforça.
Clubes pagam
Pioneira no uso do VAR em estaduais ainda em 2018, a Federação Gaúcha de Futebol manterá a tecnologia para 2019, mas apenas em clássicos. Os custos serão bancados pelo clube mandante.
“Eu gostei muito do VAR. Não recai sobre a Federação a desconfiança ou algum lance de jogo que possa deixar uma dúvida, algo no ar”, explica o presidente Francisco Novelleto. O mandatário explica que custo do VAR será anexado às despesas de arbitragem dos clássicos.
“Sai no borderô do clube. As empresas saíram cobrando R$ 60 mil por jogo, fechei por cerca de R$ 30 mil. Ainda temos uma assembleia pra confirmar. É uma iniciativa que será mantida”, completa.
Federações bancam
Já no Paulistão, a própria Federação Paulista assumirá os custos da tecnologia. “A Federação Paulista realiza investimentos diretos em todas as suas competições, visando o fomento de evolução dos clubes paulistas”, explica a entidade.
Cenário similar ao do Campeonato Carioca, que terá o árbitro de vídeo em suas fases mais decisivas. “A Federação de Futebol do Rio (Ferj) tem como filosofia a inovação. A entidade enxerga o VAR como investimento e não custo”, diz a Ferj, via assessoria. No Rio de Janeiro, o treinamento dos árbitros custará R$ 175 mil, enquanto o preço por jogo será de R$ 25 mil.
Outra Federação que vê no VAR um investimento e bancará seu uso no estadual 2019 é a Mineira. O sistema será usado a partir das semifinais e custará entre R$ 35 e R$ 40 mil por jogo.
“Com os valores envolvidos hoje no futebol, o uso do VAR não pode mais ser desprezado”, argumenta o presidente da Comissão de Arbitragem da Federação Mineira, Giuliano Bozzano.
“Sabemos que é um procedimento novo, está passando por ajustes, mas os benefícios que traz para o futebol são incalculáveis. A arbitragem mineira vê este processo como irreversível, até porque para um clube um título é algo inestimável”, complementa.
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