Um primeiro tempo horrível jogou por terra os planos do Coritiba de aproveitar os sete desfalques do Santos e sair com uma vitória ontem da Vila Belmiro. O Alviverde não conseguiu nem mesmo testar a força do adversário no primeiro jogo após a saída de Robinho. Tomou 2 a 0 logo de cara, gols marcados pelo herdeiro da camisa 7, Geílson, e não teve forças para reagir.
A vitória levou o Peixe à liderança isolada do Brasileiro, com 42 pontos. O Coxa poderia ter subido para 35, reduzindo a5 a diferença para o grupo de classificação da Libertadores. Mas parou nos 32 e ainda perdeu dois lugares na tabela. Agora é o 13.º.
Robinho foi embora para o Real Madrid. Mas, pelo menos ontem, a camisa 7 continuou sendo decisiva. Talvez ajudado pela magia do uniforme, aos 19 minutos Geílson já havia decidido a partida.
Mas não foi apenas isso. O atacante contou com a morosidade de todo o time e o péssimo posicionamento da defesa alviverde. No primeiro gol, Léo Lima teve liberdade para cruzar e Geílson mais ainda para finalizar no meio dos zagueiros. Em seguida, recebeu cruzamento de Wendell em impedimento na origem do lance e novamente apareceu na cara de Douglas antes de mandar para a rede.
O comportamento coxa-branca lembrou o mostrado na derrota para o time reserva do Atlético. Com o Santos sem Robinho e outros seis titulares, entre eles o meia Giovanni, a impressão passada pelos jogadores paranaenses era de que esperavam uma partida fácil.
O estrago já estava feito quando o técnico Cuca conseguiu arrumar a defesa com duas substituições. O meia Marquinhos e o zagueiro Allan se machucaram, mas seriam substituídos do mesmo jeito, segundo o treinador. Entraram o volante Douglas Peruíbe e o lateral-direito James, o que fez Jackson ser deslocado da ala para o meio-de-campo. As trapalhadas atrás diminuíram. Mas o time seguiu inoperante no ataque.
A pior apresentação do Coritiba no Brasileiro minimizou até os erros da arbitragem. Além do impedimento no lance do segundo gol, o juiz Carlos Eugênio Simon deixou de expulsar Geílson após um carrinho.
As reclamações no intervalo foram dirigidas ao time. "Pelo amor de Deus, é para esquecer", lamentou Renaldo. "Não tivemos um pingo de vergonha. Pelo menos de correr eles têm a obrigação", esbravejou Cuca.
A última substituição foi feita no intervalo. Marciano entrou no lugar do apagado Alcimar e deu mais movimentação ao ataque. Apesar disso, o Peixe, que na segunda etapa pouco atacou, não teve muita dificuldade para administrar o resultado. O goleiro Saulo nem precisou fazer qualquer defesa difícil para conter a tímida tentativa de reação coxa-branca.
Em Santos
Santos 2 x 0 Coritiba
SantosSaulo; Zé Leandro, Rogério, Luís Alberto e Wendell (Flávio); Fabinho, Gavião (Edmílson), Ricardinho e Léo Lima; Douglas (Basílio) e Geílson. Técnico: Gallo.
CoritibaDouglas; Vágner, Flávio e Allan (Douglas Peruíbe); Jackson, Rodrigo Mancha, Capixaba, Marquinhos (James) e Ricardinho; Alcimar (Marciano) e Renaldo.Técnico: Cuca.
Estádio: Vila Belmiro. Árbitro: Carlos Eugênio Simon (Fifa/RS). Gols: Geílson (S), aos 7 e aos 19 do 1.º tempo. Amarelos: Geílson (S); James e Rodrigo Mancha (C).
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