Trinta e um dias após o traumático desfecho da Série B, o Coritiba se reencontra hoje, a partir das 16 horas, no CT da Graciosa, com a dura realidade de quem não conseguiu o acesso à Primeira Divisão. É o começo da pré-temporada de duas semanas, dividida em testes fisiológicos e trabalhos físicos e técnicos, antes de a bola rolar, no dia 14 de janeiro, contra o Rio Branco (Paranaguá), no Pinheirão.

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O orçamento ainda mais apertado obrigou o clube a promover uma espécie de minirrevolução na busca por um lugar entre os grandes times do Brasil. Saem os medalhões; entra a política do bom e barato.

Durante as férias, o clube trocou o comando do futebol, contratou quase um time inteiro e um técnico em busca de afirmação. Um roteiro semelhante ao do início da atual temporada, suficiente para deixar os coxas-brancas em dúvida, com receio de que o turbulento início de 2006 se repita agora.

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É, porém, na fama de caça-talentos que acompanha o observador técnico Will Rodrigues que reside a confiança da diretoria em um 2007 diferente, sem nenhum Íverton, Diogo ou Ludemar, apostas comprovadamente sem sucesso.

Adriano (zagueiro), China (lateral-direito), Juninho (volante), Laírson (meia), Marcelo Bonan (goleiro), Ozéia (zagueiro) e Rafael Santiago (atacante), os sete desconhecidos reforços que inauguram a nova fase alviverde passaram pelo crivo de Will, responsável pela formação das duas últimas equipes de sucesso do rival Paraná.

Para comandar o time, um quase estreante. Gilberto Pereira, de 42 anos, atual vice-campeão paranaense pela Adap, só pede um voto de confiança para enfrentar o maior desafio de sua curta carreira. "Eu tenho a qualidade necessária e me preparei para isso. Não vim por acaso ao futebol e nem vim para cá porque o cara é meu amigo. O espaço foi dado, estou preparado e vou dar certo", disse o técnico recentemente.

Enquanto se organizam para manter a oposição distante – o presidente do Conselho Deliberativo, Júlio Góes Militão da Silva, tenta derrubar a liminar que tornou sem efeito a assembléia de sócios que votaria a cassação do presidente Giovani Gionédis no próximo dia 10 –, os dirigentes seguem buscando no mercado jogadores mais experientes que dêem sustentação à jovem equipe. A prioridade é encontrar um 6 (lateral-esquerdo), um 9 (centroavante) e um 10 (armador).