Alguns jogos assumem um caráter especial dentro de uma campanha, por representarem o embalo decisivo para um time chegar ao seu objetivo. Quando o Paraná venceu o Sport, com a Vila Capanema pela primeira vez lotada em muitos anos e Welington saindo de um longo exílio para decidir a partida, parecia que aquele seria "o jogo" do retorno à Série A.
O Paraná embalou, perdeu fôlego e agora precisa de mais uma arrancada. Precisa ser hoje, contra o Bragantino. O momento é perfeito. A resistência contra o Ceará, no Castelão, mostrou a raça e a dedicação que os torcedores tanto gostam de ver. A recepção no aeroporto e a promoção de ingressos criam o ambiente propício para a Vila Capanema estar lotada.
O Braga não tem qualidade técnica suficiente para ameaçar o Paraná na bola. Sua chance de equilibrar no jogo é na intimidação física, exatamente como fez no primeiro turno. O Paraná precisará jogar mais do que jogou contra o Ceará, como bem detectou Dado Cavalcanti, ainda no Castelão. Porque apenas raça e disposição em campo deixará o Tricolor no mesmo nível do adversário. É preciso levar o duelo para a disputa técnica. Aí, o Paraná abre caminho para vencer o jogo, pisar no G4 e dar o novo embalo para chegar à Série A.
Escolhas
O Coritiba começou o ano sonhando com a Libertadores. A primeira chance, via Copa do Brasil, parou no Nacional de Manaus. A segunda, pelo Campeonato Brasileiro, se desfez ao longo do péssimo segundo turno. E para o Brasileirão não acabe com o pesadelo do rebaixamento, será saudável o Coxa sacrificar a terceira oportunidade, via Sul-Americana.
O jogo de volta com o Itagüí ficou no pior momento possível, entre os duros jogos contra Cruzeiro e Grêmio, no Couto Pereira. Pontuar contra dois dos melhores times do campeonato será crucial para fechar a conta da permanência na Série A. O desgaste da ida à Colômbia reduzirá consideravelmente essa chance.
O melhor caminho parece ser levar um mistão para Envigado. Um time, por exemplo, com Vaná, Vinícius, Bonfim, Escudero, Iberbia, Marcos Paulo, Dudu, Zé Rafael, Bottinelli, Bill e Jânio.
É pouco para avançar na Sul-Americana, mas o necessário para a difícil semana no Brasileiro. E, se der certo, abre a possibilidade de conduzir as duas frentes paralelamente.
Números
Paulo Baier tem sete gols e quatro assistências no Brasileiro. Sem os gols de Baier, o Atlético teria 12 pontos a menos. Sem as assistências subtraem-se mais três pontos. O Atlético com Paulo Baier tem 48 pontos e briga pela Libertadores. O Atlético sem Paulo Baier estaria na zona de rebaixamento.
O marketing do ídolo realmente é forte em um time de futebol. E fica mais forte quando, dentro de campo, ele dá motivos de sobra para que um estádio inteiro grite pela sua permanência.
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