Em uma de suas últimas entrevistas como diretor de futebol do Coritiba, o médico João Carlos Vialle afirmou à Gazeta do Povo a intenção de montar um time forte para tentar o acesso à Série A em 2010 já nos primeiros meses do ano. Assim, evitaria o excesso de experiências que tenham potencial de não darem certo, apostando em jogadores com competência comprovada. Mesmo após sua saída, a filosofia de Vialle será mantida por seus sucessores.

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De acordo com Vilson Ribeiro de Andrade, um dos novos integrantes da diretoria executiva do Alviverde e responsável pelo futebol, a ideia é evitar apostas muito arriscadas. "Nosso objetivo é esse de montar o time já em janeiro. Evidentemente que temos um custo de folha que precisaremos adequar à nova realidade financeira do clube, o que pode gerar alguns empecilhos. Mesmo assim acreditamos na montagem de um bom elenco".

A certeza do sucesso deste grupo é a manutenção da base do time, que embora tenha sido rebaixada, tem qualidade reconhecida. "Alguns jogadores estão com seus contratos se encerrando, mas muitos permanecem até no mínimo o fim de 2010. Então já temos uma boa base. Com alguns reforços indicados pelo Ney Franco e jogadores que serão aproveitados das categorias de base, teremos um grupo muito forte".

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A ideia da diretoria é puxar alguns dos garotos que se destacaram durante a vitoriosa campanha no Campeonato Paranaense sub-20, vencido pelo Alviverde. "Ainda não sei os nomes, mas o Ney Franco e o (Felipe) Ximenes (gerente de futebol) estão cuidando disso", disse Ribeiro. A saída de alguns jogadores com salários altos deve melhor um pouco a situação do time.

Mesmo assim, com a perda de 50% do valor correspondente aos direitos de transmissão dos jogos pela TV, a nova diretoria terá muito trabalho pela frente. "Não é porque um jogador que ganhava R$ 150 mil saiu que podemos contratar outros com esses salários. Agora é uma outra realidade. Mesmo assim a torcida pode ficar tranqüila que tudo que for possível e estiver ao nosso alcance será feito para montarmos um grande time", falou o dirigente.

A torcida demonstrou certo temor após a queda do time para a Série B, afinal com menos visibilidade, os reforços poderiam se desinteressar por jogar em Curitiba. Vilson de Andrade não acredita nisso. "Não vejo problemas com isso. O Coritiba sempre foi um dos poucos times que sempre cumprem com suas obrigações. Pagamos os salários em dia e temos credibilidade no mercado nacional. Muitos dos ditos grandes não pagam e os jogadores levam isso em consideração na hora de negociar".