Um mês atrás, Lúcio Flávio não havia chegado ao Paraná. O meio de campo tricolor se virava relativamente bem com os passes de Wellington, a velocidade de Luisinho, a polivalência de Cambará. Nenhum paranista suspirava pelos cantos dizendo "Com o Lúcio Flávio, teríamos um time capaz de voltar à Série A".

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Acontece que neste um mês o Paraná contratou Lúcio Flávio. O meia assumiu a braçadeira de capitão, tornou-se referência técnica e mental do time. O acesso, que soava a mera ilusão, tornou-se algo palpável.

Agora, Lúcio Flávio está fora do time. Sua saída contra o Vitória foi catastrófica. A derrota para os baianos começou ali. Lúcio não enfrenta América de Natal e é dúvida contra Criciúma. E fica difícil imaginar a equipe sem o camisa 10.

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Wellington pode mudar de posição, com a entrada de mais um volante? Pode. Wendel pode ser recuado para o meio, com a entrada de um centroavante? Pode. Packer pode reaparecer no time, mantendo o meio leve e criativo? Não é recomendável, mas pode. Ainda há Maicon e Marquinhos. Ou qualquer outra solução que Ricardinho encontre. A única diferença será o quanto o time conseguirá remediar a ausência de Lúcio Flávio.

Se há um mês, o Paraná nem sonhava com Lúcio Flávio, hoje sua ausência é de tirar o sono. E o quanto o camisa 10 estará em campo determinará as chances paranistas na Série B.

Fim de ciclo

Os últimos três anos deram mostras de que não é uma boa enterrar Paulo Baier vivo. Mas a atuação do Atlético contra o ABC, no sábado, indicaram que o Rubro-Negro está a caminho de deixar de ser dependente do seu camisa 10.

Paulo Baier não fez falta armando o time no meio de campo. João Paulo tomou conta do setor como se vestisse vermelho e preto desde o berço e corresse pelo gramado do Gigante do Itiberê desde a infância. Armou o time como Baier, tendo a seu favor a vantagem física.

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Paulo Baier também não funcionou na sua nova função, quase como um segundo atacante. Não houve grande momento do Atlético contra o ABC com a assinatura do maestro. Para atuar encostando no centroavante pelo meio, talvez seja melhor apostar em Ligüera, que joga naturalmente dessa maneira.

Claro, 90 minutos é pouco para tirar conclusões. João Paulo precisa ter uma sequência maior de jogos. Baier é inteligente o suficiente para se adequar à nova função. Mas hoje, o caminho do camisa 10 parece ser o banco. A partida contra o Avaí irá confirmar – ou desmentir – essa tendência.

Dilema

Contratar um centroavante confiável sem explodir a folha de pagamento. Esta é a equação que o Coritiba tenta resolver. Será que vai pesar a velha máxima de investir um pouco mais agora para não assumir o risco de gastar mais em uma nova passagem pela Série B?

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