| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

A derrota no Atletiba e a opção do presidente rubro-negro, Marcos Malucelli, de seguir alinhado com o Clube dos 13 em relação ao novo contrato de transmissão do Campeonato Brasileiro (2012-2014), esquentaram os bastidores do clube. Grupos até então dispersos se uniram em torno do principal opositor à gestão MM, Mário Celso Petraglia.

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... Antecipando o período eleitoral

É consenso dentro do Atlético de que a próxima eleição, em novembro, terá bate-chapa. Malucelli já lançou Enio Fornea, um de seus vices. Caso o engenheiro não aceite a missão, Yara Eisenbach, também vice, é a mais cotada para representar a situação. Do outro lado da trincheira, ainda não se sabe a que cargo Petraglia pretende concorrer – se presidente do Conselho Administrativo ou Deliberativo. Oficialmente, porém, ele diz que não quer voltar ao clube.

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Fleury e MCP

A reedição da parceria entre Mário Celso Petraglia e o advogado João Augusto Fleury da Rocha, dirigente que antecedeu Malucelli no na presidência, não está descartada. Petraglia costuma se referir a Fleury como "um fiel aliado de todas as horas".

Aliados de última hora

MCP conta também com a apoio do Esquadrão da Torcida Atleticana (ETA), uma confraria com status de grupo político, e da recém-criada Associação dos Sócios do CAP (AssoCAP), dirigida por ele. A entidade comemorou recentemente, em uma lanchonete na Arena da Baixada, a adesão do milésimo seguidor. Gente com direito a voto em dezembro e que compartilha dos mesmos ideais de Petraglia.

Ataque cibernético

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A "tática oposicionista" das associações é a mesma. Basta o time atleticano titubear em campo que os ataques à atual diretoria pipocam na internet. Fim de jogo e os Twitters do ETA e da Assocap começaram a disparar palavras de ordem contra os atuais mandatários. Coincidência, os termos são bem parecidos aos usados por Petraglia em seu Twitter pessoal.

O mundo dá voltas

O ETA é o mais enfático no discurso, ao ponto de pedir o retorno imediato de Petraglia ao poder.

O mais irônico de tudo isso é lembrar que na metade da década passada o próprio ETA era oposição ferrenha a MCP, então homem forte do clube. Cobrava, entre outras coisas, um preço de ingresso mais barato nos jogos na Arena.

Agitadores da latinha 1

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A situação, porém, reage. Sem nominar os culpados, o diretor de futebol do Atlético, Valmor Zimmermann, criticou alguns radialistas por avisarem o horário que o time iria desembarcar no Aeroporto Afonso Pena após a derrota do time por 2 a 1 para o

Rio Branco, no Acre, na quarta-feira, pela Copa do Brasil.

Agitadores da latinha 2

"Infelizmente o pessoal de rádio quase convocou a torcida para ir [ao aeroporto protestar]. Acho que eles gostam de ver baderna e sangue, sei lá. Estava ouvindo o rádio. Eles disseram: ‘Nós não queremos isso, mas a torcida vai para o aeroporto’. Se não querem, por que falaram?", indagou o dirigente. Já o presidente do Conselho Deliberativo, Gláucio Geara, disse que "quem agita a volta do Petraglia gostava da época da mordaça", em referência à política de comunicação de acesso restrito implantada por MCP.

Menos mal

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Os salários de janeiro do elenco paranista foram pagos no último dia 18. Apesar do atraso de dez dias, o acerto trouxe alívio para os jogadores, que já vinham temendo por atrasos maiores – ano passado houve tentativas de greve.

Fora do tom

Os responsáveis por organizar a Copa em Curitiba, em 2014 (na foto presenteando com uma camisa do Atlético o ministro do Esporte, Orlando Silva), seguem afirmando que a cidade está na briga para sediar o centro de mídia durante o Mundial. Porém, na semana que passou, ficou estabelecido que a concorrência ficou restrita a Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro. O Comitê Organizador Local (COL), dirigido por Ricardo Teixeira, já elaborou inclusive um roteiro de viagens para visitar as cidades candidatas. A definição sai em julho.

Colaboraram Adriano Ribeiro, Leonardo Bonassoli, Robson Martins, Rodrigo Fernandes e Sandro Gabardo.