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Marlos disse que conseguiu reencontrar seu futebol quando deixou de pensar na renovação do seu contrato: conversa com Dori val também ajudou. | Giuliano Gomes/ Gazeta do Povo
Marlos disse que conseguiu reencontrar seu futebol quando deixou de pensar na renovação do seu contrato: conversa com Dori val também ajudou.| Foto: Giuliano Gomes/ Gazeta do Povo

Histórico

Regularidade

Desde o início dos pontos corridos, 70% dos clubes que terminaram o primeiro turno na zona da Libertadores conseguiram se manter até o fim. Dos 20 classificados para o torneio continental, apenas seis quebraram a regra: São Caetano (2003), Atlético (2004), Internacional, Palmeiras (2005), Santos e Flamengo (2007).

Sprint

Entre eles, a maior arrancada foi do São Caetano. Em 2003, o Azulão deixou a 10ª colocação na virada de turno para terminar em 4º. Mas, com 24 clubes, o campeonato tinha três rodadas a mais na segunda metade.

Quase

Além de assegurar vaga na Libertadores, Atlético e Inter deixaram a 5ª posição para disputar o título. Mas, em 2004, o Furacão devolveu a liderança ao Santos ao perder pontos inesperados na reta final. Em 2005, o Colorado foi prejudicado por um erro de arbitragem no duelo direto com o Timão e ainda viu o adversário recuperar pontos em partidas refeitas por causa do escândalo Edílson Pereira de Carvalho.

Segunda chance

61,1% dos times que terminaram o primeiro turno na zona da degola ainda tiveram tempo para escapar da queda. Entre 18 rebaixados de lá para cá, apenas 7 já estavam encomendados desde a metade da competição: Fortaleza (2003), Atlético-MG, Paysandu (2005), Fortaleza, Santa Cruz (2006), Juventude e América-RN (2007).

Ladeira abaixo

Três anos depois da maior arrancada para a Libertadores, o São Caetano protagonizou a maior despencada rumo à Segundona. Em 2006, trocou o 11º lugar ao fim do primeiro turno pela vice-lanterna.

Se depender do retrospecto no fim do primeiro turno dos cinco Brasileiros disputados por pontos corridos, o Grêmio pode começar a comemorar o título nacional. Cruzeiro, Palmeiras e São Paulo estão muito perto de uma vaga na Libertadores, mas com chances consideráveis para perseguidores como o Coritiba. Já Vasco, Santos Fluminense e Ipatinga ainda têm boas chances de escapar do rebaixamento, causando preocupação nos adversários próximos, como o Atlético.

Desde 2003, quando o campeonato passou a ser disputado na nova fórmula, quem virou o turno na frente ficou com a taça. Cruzeiro, na estréia do sistema, e São Paulo, em 2006 e 2007, ganharam tranqüilamente. Apenas em 2004 e 2005 a disputa foi ponto a ponto até o fim. Melhor para Santos e Corinthians, que superaram, respectivamente, Atlético e Inter.

Para este ano, a aposta dos matemáticos do futebol é de que teremos a terceira briga emocionante. Tristão Garcia, do site Infobola, não garante nem mesmo se a tradição do "campeão de inverno" manter a ponta será mantida. "O Grêmio conseguiu abrir uma boa vantagem (5 pontos do vice-líder Cruzeiro), mas é um campeonato muito equilibrado, com mais equipes em condições de brigar", diz, apontando 57% de chances de os gremistas ficarem com o título.

Mesmo o sexto colocado Coritiba ainda sonha com a taça. E, de acordo com Tristão, tem mais possibilidades do que São Paulo e Vitória, imediatamente acima na tabela. "Levando em conta tudo que entra no modelo matemático, no momento dando maior valor aos jogos recentes que aos antigos", explica, apontando 5% para o Coxa, contra 3% de paulistas e baianos.

Mais otimista com o Grêmio, que teria 79,5% de chances de título, o site Chance de Gol vê apenas 0,7% para o Coritiba.

Por enquanto, a briga do Alviverde é pela Libertadores. O Infobola aponta 41% de chances, contra 36% do São Paulo e 33% do Vitória. Bom motivo para o Coxa acreditar que pode reverter uma tendência: na era dos pontos corridos, 70% dos times que fecharam o primeiro turno na zona da Libertadores conseguiram a classificação – inclusive o próprio Coritiba, em 2003.

Para Tristão, o número mágico é 66 pontos. Ou seja, o time paranaense precisaria de mais 34. Previsão parecida com a do Chance de Gol, que, com essa marca, aponta uma possibilidade de 76,9%.

A ponta de baixo tem sido marcada por mais mudanças. Em cinco campeonatos, apenas 33,8% das equipes que freqüentavam a zona de rebaixamento na virada permaneceram até o fim. Um alerta para quem está imediatamente acima, como o 16 º colocado Atlético. Os dois sites apontam hoje 44% de chances de queda para o Furacão, mas o alento para a torcida rubro-negra é que o time sempre cresceu e fez mais pontos na segunda metade do campeonato.

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