Os bastidores políticos do Atlético seguem quentes. A situação, liderada pelo presidente Marcos Malucelli, espera o time engrenar em campo, livrando certa folga da zona de rebaixamento, para anunciar a chapa que concorrerá à eleição de dezembro. Enio Fornea é a aposta de MM.
Lar doce lar
O Coritiba começou a mexer no terreno do novo centro de treinamento, em Campina Grande do Sul, na região metropolitana de Curitiba. De acordo com o clube, o muro, o portão principal (foto) e parte dos imóveis já receberam as cores alviverdes. Há, também, um novo pavilhão aguardando a bandeira coxa.
Me chama que eu vou!
Antes reticente quanto à candidatura, Fornea já não descarta a possibilidade de enfrentar Mario Celso Petraglia, representante da oposição, nas urnas. "Estou afastado da vida política do Atlético, por isso no momento não vou dizer nada. Vamos esperar o fim do ano para ver o que acontece", disse ele à coluna.
Na paz
Fornea era um dos vices de Marcos Malucelli, mas deixou o clube em julho, ao lado de outra vice, Yára Eisenbach, alegando problemas pessoais. As arestas, porém, foram aparadas, abrindo caminho para a sucessão.
Não chegou a hora
Plano B de Malucelli, Henrique Gaede, integrante da gestão, é outro a reforçar os indícios de que o período sabático de Fornea está prestes a terminar. "Estou disposto a ajudar, mas não me vejo como candidato. O Enio sempre foi o nome preferido. Está bem avançado", afirmou Gaede.
A tática de Thiele...
Edilson Thiele, chefe do departamento médico do Atlético, adotou uma tática sui generis para ludibriar os adversários: não revela o local exato da lesão dos jogadores. No caso do meia Paulo Baier, por exemplo, diz apenas que o problema é no músculo posterior da coxa.
... E a explicação
De acordo com Thiele, qualquer informação a mais serve de munição para os rivais. Ele cita um exemplo: "No Mundial sub-20 [foi o médico da seleção brasileira recentemente campeã na Colômbia], os adversários miravam para acertar o cotovelo machucado do [atacante] Henrique".
Troca de bandeirinha
Um dos assistentes do país na Copa do Mundo de 2010, o paranaense Roberto Braatz está perto de deixar o quadro da Fifa, pois completa 45 anos em 2012, idade limite de acordo com as regras da entidade. Bruno Boschilia, de 28 anos, também do estado, aparece como forte candidato a substituí-lo.
Como assim?
A iniciativa do técnico Roberto Fonseca de fechar alguns treinamentos para a imprensa pegou até o presidente em exercício do clube, Aramis Tissot, de surpresa. Quando chegou na segunda-feira passada à Vila Capanema e viu os jornalistas do lado de fora do estádio, questionou com cara de espanto: "O que vocês estão fazendo aqui?".
Inimigo na trincheira
A tática de fechar os portões para evitar notícias sobre a escalação do time, porém, às vezes esbarra na própria diretoria tricolor. Foi Paulo César Silva, vice de futebol do clube, quem informou aos jornalistas que o meia Welington havia sido vetado para o duelo de ontem contra a Portuguesa, por causa de uma pubalgia.
Papelão
O Paraná protagonizou um papelão na assembleia geral da Federação Paranaense de Futebol, na última quinta-feira, que decidiu a venda do Pinheirão. O clube mandou o seu vice-presidente jurídico, Juarez Bortolli, para a reunião. Porém, só presidentes, vices ou um representante com procuração poderiam participar, segundo o estatuto da entidade. Resultado: o Tricolor não pôde votar.
Tá no sangue
Sempre que o nome de Bruno Boschilia aparece, uma pergunta fica no ar: ele é parente do lendário árbitro Dulcídio Wanderley Boschilia? Sim. O árbitro assistente, que é profissional de educação física, é filho de um primo do juiz, que apitou entre 1964 e 1988, e morreu em 1998.
* * * A frase
"Nenhum planejamento resiste a três derrotas."
Henrique Gaede, integrante da cúpula administrativa atleticana, repetindo uma frase constantemente usada pelo presidente Marcos Malucelli em reuniões do clube.
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