A briga nos bastidores com o atacante Dagoberto foi a maior dor de cabeça de 2006 para a diretoria, os técnicos e a torcida atleticana. Como já está certo que o antigo ídolo não voltará mais a vestir a camisa rubro-negra, seria um alívio a notícia da venda do jogador, que enfim acabaria com um assunto mal resolvido constantemente nas manchetes do clube.
O problema começou em janeiro, quando um grupo de torcedores ligado à diretoria acusou o atleta de enrolar para não renovar contrato antes de julho, quando o compromisso entraria no último ano de vigência e a multa rescisória cairia de R$ 16,2 milhões para R$ 5,4 milhões. Passou pela desgastante negociação, o anúncio de Dago de que as conversas estavam encerradas e a represália do clube fazendo-o treinar enquanto os companheiros folgavam durante a Copa do Mundo.
Para complicar de vez, veio em julho a ação do clube na Justiça que prorrogou o contrato por 250 dias tempo que o jogador ficou afastado por causa da lesão de joelho entre 2004 e 2005. Ao mesmo tempo, afastamentos mal explicados e breves retornos.
Quem mais sofreu foi o técnico Givanildo Oliveira. Primeiro foi criticado abertamente por Dago por não manter em entrevistas a suposta versão de que o atleta foi colocado em segundo plano por ordem da diretoria. Depois acabou obrigado a pedir demissão quando os dirigentes pediram para reintegrar o jogador.
Em seu último retorno, no mês de novembro, Dagoberto enfrentou Grêmio e Pachuca, na Arena. Na despedida, contra os mexicanos, uma síntese do sentimento conflitante da torcida: aplausos e vaias. Depois da derrota, houve até brigas na arquibancada entre os que defendiam o atacante e os que o criticavam.
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