Ninguém suporta - Um grupo de torcedores paranistas está se mobilizando para um protesto em frente à sede da Kennedy, amanhã, às 19 horas. A data e o horário coincidem com a reunião semanal de diretoria. A idéia, sem uma pauta de reinvidicações específica, seria apenas “constranger” os dirigentes do clube. Os revoltosos falam também em “limpeza” – leia-se a saída de conselheiros que torcem para o Atlético ou Coritiba. Na sexta-feira, após a derrota em casa para o Santo André, o povão novamente criticou equipe e diretoria| Foto: Valterci Santos/Gazeta do Povo

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) bagunçou de vez a Série C. Com a decisão de refazer os jogos da primeira fase entre Toledo e Marcílio Dias-SC, Inter de Santa Maria-RS e Engenheiro Beltrão, o tapetão acabou testando uma provável falta de estrutura das agremiações.

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O time gaúcho, por exemplo, entra em campo hoje, às 16 horas, com sérios problemas no grupo. Dos 16 atletas que estão no clube, três não estão inscritos na Terceirona. Outros dois jogadores estão entregues ao departamento médico. Ou seja: apenas 11 profissionais em condições de jogo – não tem lateral-direito e volantes.

Para o presidente do Engenheiro Beltrão, Luiz Linhares, os problemas do rival não passam de "blefe". O dirigente paranaense, que volta a sonhar com a classificação, vibrou com a anulação da última rodada – devido a um suposto "jogo de compadres" entre Toledo e Marcílio. "Foi a vitória do futebol, da moralidade e do torcedor."

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Sem choro

Dinheiro e ausência de torcida não servem de desculpa para a frustrante campanha paranista na Segundona. Antes do jogo de sexta-feira (com 2,2 mil pagantes), o Tricolor era o 5º time que mais havia faturado com arrecadação na Série B – um total de R$ 795.826,00 (R$ 88.425,11 por jogo). À frente do time da Vila apenas ABC, Vila Nova, Ceará e, claro, o Corinthians.

Os culpados

"Temos um problema financeiro que não vêm de hoje. Temos contas a pagar, dívidas da diretoria anterior. Eles criaram essa situação", disse o diretor de futebol paranista, Paulo Welter. A resposta veio à altura: "O tesoureiro na minha gestão é o atual presidente do clube (Aurival Correia). Então todas as contas foram aprovadas pelo conselho fiscal. Além disso, eu fui afastado da presidência, por eles, 11 rodadas antes do final do Brasileiro de 2007. Quando sai, o time estava fora da zona de rebaixamento", soltou o ex-presidente do Tricolor, José Carlos de Miranda.

Sempre Paraná?

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O plano sócio-torcedor dos tricolores sente a crise dentro de campo. Ao todo, o clube tem 2.462 pessoas com carteirinha de fidelidade. Entre junho e julho, 183 pararam de pagar a mensalidade. Segundo os dados do Tricolor, em agosto o número de desistências (ainda não contabilizado) teve um aumento significativo.

Nova derrota

O Paraná segue perdendo dinheiro na Justiça do Trabalho. Depois de o meia Hadson abocanhar R$ 12,5 mil mensais durante 80 meses (através de acordo), agora é a vez de o apoiador Jean Carlo se dar bem. O Tribunal Superior do Trabalho (TST) condenou o clube a reconhecer o direito de imagem como salário. Ele recebia R$ 1 mil na carteira e R$ 11,8 mil no contrato civil. Resumindo: R$ 1,2 milhão devidos ao ex-atleta. O Tricolor busca acordo.

Os sem-torcida

O recorde negativo de público entre Cambé e Arapongas (38 pagantes) não foi quebrado na última rodada da Terceira Divisão Estadual. No fim de semana passado, São José e Vila Nova levaram 350 fãs ao estádio. Centenário e Serrano mobilizaram 206 adeptos. E, por fim, Arapongas e Platinense atraíram 571 torcedores. Hoje começa a 4ª rodada: Vila Nova x Serrano (15h30), Centenário x Juventud (15h30), Cambé x Tigrão (11h) e Jacarezinho x Arapongas (15h30).

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Dúvida cruel

O atacante Cadu recebeu um convite para jogar no Marcílio Dias, pela segunda fase da Série C. Gostou da proposta e comunicou à diretoria coxa-branca. "Jogador que gostaria de trocar o Coritiba por time da Terceirona é burro. E não queremos burro no elenco. Pode ir", soltou um diretor alviverde. Cadu, em tempo, desistiu da troca.

O noveleiro

Fã da novela Pão-Pão Beijo-Beijo, de 1983, reprisada nos anos 90, o meia João Henrique é conhecido como "Pompom" – trocadilho com o título do folhetim. Ele não perdia um capítulo do Vale a Pena Ver de Novo, da Globo. A trama, que retratava as relações entre subúrbio e zona sul carioca, tinha como protagonistas Cláudio Marzo e Elizabeth Savalla. Porém, o jogador avisa, diante do preconceituoso meio da bola."No futebol, sou João Henrique. O resto é carinho da família."

Requisitado

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Keirrison vai participar hoje à noite de dois programas esportivos, em São Paulo. O K9 vai ao MTV Rock Gol e ao Terceiro Tempo, da Band.

Primeiro reflexo

A empresa Futebol Total, que administra os bares do Couto, já sabe quem vai pagar o pato com a proibição de bebidas alcoólicas nos estádios: os vendedores ambulantes. No Alto da Glória, em dias de jogos com casa cheia, dos cerca de 1500 funcionários que antes trabalhavam na distribuição de bebidas, apenas 300 (1/5) devem continuar empregados. Na Vila Capanema, dos atuais 200 funcionários, pelo menos metade perderá a vaga.