Nenhum título foi mais festejado no antigo Durival Britto que o de 1953. Há três anos, quando a conquista fez 50 anos, a diretoria paranista prestou homenagem aos heróis daquele triunfo.

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O motivo para tanto orgulho parece simples: naquela temporada, comemorou-se o centenário da emancipação política do Paraná. Foram dois turnos de pontos corridos e na última rodada, dia 28 de novembro, o Ferroviário jogava tudo contra a Cambarense. O jogo terminou 2 a 1 para o "Tricolor da Rede".

Do time titular que levantou a taça, apenas três jogadores estão vivos: Afinho, Alceu e Maurílio. Naquele período romântico do futebol, levantar a taça em data tão especial representava muito. "Sabíamos que seria uma marca para sempre", conta Alceu, aos 76 anos.

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Um dos poucos remanescentes da história, esse ex-meia fica encantado ao falar do feito. "Nós tínhamos um grande time. Jogadores de grande nível técnico. Não foi só a vitória, mas também a marca de um time de muita classe", diz, sem vacilar.

O livro Futebol do Paraná – 100 anos de História, de Heriberto Ivan Machado e Levi Mulford, reforça a importância do troféu, "A façanha do Ferroviário" destaca obra ao falar desse capítulo do torneio estadual.

Também em 2003, no mesmo ano do aniversário e celebração do título, a Federação Paranaense de Futebol tentou usar o prestígio conquistado pelos heróis do Ferroviário e lançou a Copa do Sesquicentenário (150 anos). O torneio foi um fracasso, com os principais times colocando equipes aspirantes – o Atlético ficou com a taça.

O Durival Brito que abrigou a festa do centenário tinha uma peculiaridade marcante: a concha acústica atrás do gol de fundos (local que hoje foi ampliado). A idéia era abrigar orquestras e corais, como a apresentação do maestro Xavier Cugat, sucesso em Hollywood.

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