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O técnico Leandro Niehues surpreendeu ao escalar o Atlético de forma totalmente diferente do que estávamos acostumados a ver. O volante Valencia foi deslocado para a lateral direita, no lugar de Raul, e a vaga no meio foi ocupada pelo meia ofensivo Tartá.

A intenção era resolver o crônico problema na armação, sempre concentrada nas costas de Paulo Baier. Com Valencia, barrar os avan­ços de Renatinho pelo lado. Além dessas mudanças táticas, teve de colocar o atacante Alex Mineiro, sem ritmo, e o zagueiro Vanegas, nos lugares dos lesionados Bruno Mineiro e Rhodolfo.

A entrada de mais um meia deu certo nos primeiros 25 minutos, quando o Coritiba teve dificuldades na marcação. No meio do primeiro tempo, porém, a dupla de volantes achou o posicionamento. Marcos Paulo passou a acompanhar Tartá mais de perto e Leandro Donizete fechou a porta para Paulo Baier (situação 1), que precisou recuar para fazer seus lançamentos – quase sempre errados.

Além de apertar a marcação, Marcos Paulo aproveitava o campo livre para avançar pela direita, espaço ocasionado pela falta de um segundo jogador de marcação no meio de campo rubro-negro.

Valencia deu conta de Renatinho, mas o Atlético não teve força ofensiva pelo seu lado. Ficou um time torto, apostando na força do lado esquerdo, composto por Tartá, o ala Márcio Azevedo e o atacante Javier Toledo. Mas os dois últimos não estavam em um bom dia.

O segundo tempo começou com a mesma disposição tática e o Atlético já não contava mais com o fator surpresa. Sabendo o que fazer na defesa, logo de cara funcionou a movimentação dos baixinhos do Coxa na frente. Se Renatinho estava bem marcado, Rafinha se deslocou para a esquerda, de onde cruzou para Marcos Aurélio, entrando no meio dos zagueiros, completar (situação 2).

O Coritiba que abria caminho para o título tinha a mesma formação forjada pelo técnico Ney Franco durante a competição. Mudaram alguns nomes, mas foi ganhando corpo a estrutura com um zagueiro pela esquerda fazendo o papel de falso lateral, dois volantes com boa saída, a movimentação de três meias-atacantes e um centroavante.

No desespero, o Atlético se descaracterizou ainda mais. Terminou com uma linha de atacantes formada por Wallyson, Toledo, Marcelo e Tartá, enquanto Paulo Baier e Alan Bahia tentavam criar algo. Era mais fácil o Coritiba fazer outro no contra-ataque. E fez.

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Operário-padrão - Marcos Paulo

A adaptação do volante durante o primeiro tempo foi fundamental para o Coritiba encaixar a marcação após a surpreendente escalação atleticana. Ainda apoiou o ataque e quase fez um golaço.

Peladeiro - Vanegas

Segundo o técnico Leandro Niehues, sem o titular Rhodolfo o time perdeu muito na saída de bola. Além de não conseguir fazer a função, foi envolvido algumas vezes, inclusive no lance do primeiro gol.

Gênio - Ney Franco

A base montada pelo treinador durante o campeonato fez diferença frente a um improvisado Atlético. Preparou o time para matar o jogo no contra-ataque com as substituições e conseguiu.

Professor Pardal - Leandro Niehues

Mexeu muito na estrutura da equipe. Quando o Coritiba se adaptou, perdeu o trunfo do início. Encheu o time de atacantes no fim da partida, mas faltou organização.

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