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Gilberto Pereira não esconde sua admiração pelo Coritiba. Jogador do clube nos anos 80, teve a oportunidade de trabalhar com Émerson Leão, técnico que ele considera um de seus modelos de profissional. Mas quando o assunto é o seu trabalho como técnico, o atual treinador da Adap deixa bem claro que sua relação com o clube do Alto da Glória. "O Coritiba está engasgado na minha garganta", diz ele, em entrevista à Gazeta do Povo. Amanhã, às 15h40, no Roberto Brzezinski, ele tenta dar o troco no time que o eliminou do Paranaense-05, quando comandava o Iraty, e o derrotou três vezes no Estadual deste ano, que tem tudo para ficar marcado como a da sua afirmação no futebol do Paraná.

Gazeta do Povo – Como é poder tirar de um time no qual você já jogou a chance de ser campeão?Gilberto Pereira – Geralmente quando você passa por um clube há uma afinidade, mas quando não está jogando contra ele. Há um respeito, uma gratificação por ter passado por ali, um lugar em que se fez muitas amizades. Para minha carreira é muito importante passar pelo Coritiba. Ano passado, o Coritiba também esteve na minha frente, quando eu estava no Iraty, e perdemos também. Isso está engasgado.

Você esteve cotado para assumir o Coritiba quanto o Márcio Araújo foi demitido...Chegaram a mim especulações, contato de diretoria para propostas, não. Mas já tive muitos elogios, gente até do Paraná falando que está avaliando meu trabalho, que têm acompanhado. Isso me deixa contente, mas não me faz subir na parede.

É o ano da sua afirmação?Venho para firmar algo que eu já tinha feito no Iraty. É um ano de consolidação não só para mim, como para os jogadores. Temos um grupo experiente que está ficando um pouco cansado de Adap. Atletas de 25, 26 anos que precisam buscar vôos maiores e nós precisamos trazer outros novos. Eles têm de fazer deste campeonato o campeonato deles.

A Adap vem sendo elogiada pelos adversários por ser um time "certinho". Qual é o segredo?Grupo. Dos jogadores que começaram o campeonato para agora, nós não temos quatro titulares. Sempre venho revezando. A regularidade também. Mas tivemos um momento difícil que foram as três derrotas seguidas no fim da primeira fase, que deixaram uma interrogação gigante. Ali, sentimos que era preciso fazer algo diferente e o grupo assimilou bem. Concentramos o grupo fora da cidade e tiramos os jogadores que tinham problemas pessoais do plantel.

O que você planeja para o seu futuro?Quero buscar clubes de maior projeção, disputar campeonatos de maior projeção. Meu projeto é ser um treinador de referência.

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