Com a visão de quem presenciou a formação do elenco atleticano para 2006, o psicólogo Gilberto Gaertner aponta três motivos principais da má fase do Rubro-Negro: a escolha do auxiliar-técnico Vinícius Eutrópio para comandar o início do processo, a falta de uma comunicação interna mais forte e a ausência de coesão no grupo de jogadores. A palavra do profissional ganha força num momento em que o técnico Givanildo Oliveira e os atletas têm afirmado constantemente que o problema do time é emocional.
Desde a semana passada sem vínculo profissional com o clube, o psicólogo deixa claro que, ao identificar os problemas, espera apenas contribuir para resolvê-los. "Como alguém que estava lá até pouco tempo, obviamente sofro junto com a situação", disse ele, que vai trabalhar no time de vôlei masculino da Unisul-SC.
Sobre Eutrópio, entende que não era a pessoa certa para treinar o Furacão num momento importante como as primeiras semanas do ano, fundamentais para se construir a identidade da equipe.
"Faltou comando a ele e taticamente também não teve sucesso. Isso não sou apenas eu que falo. Talvez tenha se deslumbrado com a possibilidade de ocupar o cargo", opinou.
O segundo ponto abordado é a necessidade de melhorar o marketing interno. "O trabalho externo é muito bom. Podemos dizer que o Atlético é especialista nisso. Mas precisa ser feito internamente também, pois o clube tem estrutura e plenas condições."
Segundo Gaertner, assim o clima organizacional se tornaria bem melhor. "Por meio de um reconhecimento funcional, o clube pode fortalecer os profissionais que estão lá dentro", disse, restringindo sua análise ao futebol. "Me parece que administrativamente já funciona de forma mais efetiva", acrescentou.
Completando o diagnóstico, o psicólogo cita uma certa falta de unidade no elenco."Todos os grupos passam por etapas de construção, fortalecimento e manutenção. Faltou unir este nos momentos iniciais. Coesão tem relação direta com produtividade", explicou.
Gaertner entende que, emergencialmente, é necessário "estancar o sangue". "A única solução efetiva é um trabalho para melhorar a auto-estima. É óbvio que só a vitória muda, mas para consegui-la é preciso trabalho. Os jogadores têm de se juntar mais e claro que se tiverem ajuda profissional o processo pode ser bem menos doloroso."
O especialista só faz a ressalva de que "psicologia não é mágica". Segundo ele, só dá resultado se também estiverem funcionando corretamente as partes técnica, tática e física.
Baseado na potencialidade da equipe, diz que é perfeitamente possível resolver os problemas. "Sempre dá para superar. As dificuldades fazem parte do dia-a-dia, mas há reserva técnica para dar a volta por cima. Os jogadores só precisam desenvolver suas características positivas e ficar mais sintonizados", aconselhou.
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