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Uma linha de quatro defensores, sendo dois zagueiros e dois laterais também fortes no apoio. Dois volantes mais preocupados com a marcação. O terceiro com liberdade para avançar pela direita. Um meia com carta branca para se movimentar. Um atacante de movimentação e outro finalizador. A descrição pode se aplicar ao Flamengo, provável campeão nacional, ou à seleção brasileira.

A formação passou a ser utilizada pelo técnico Andrade na vitória por 2 a 0 sobre o Palmeiras, fora de casa, dia 18 de outubro, quando o Fla mostrou consistência para transformar sua arrancada em título.

Na ocasião, já somava oito jogos de invencibilidade. Nos empates fora de casa com Atlético (0 a 0) e Vitória (3 a 3), Andrade havia utilizado três volantes. Mas foi uma escolha circunstancial. Assim como a opção por três zagueiros em outro empate como visitante, contra o Internacional (0 a 0).

Até então ele preferia escalar outro meia para auxiliar Petkovic na criação. Fierro ou Zé Roberto, que na sequência seria avançado para formar a dupla de ataque com Adriano. Funcio­­nava principalmente em casa, onde encaixou três vitórias seguidas por 3 a 0 (Santo André, Sport e Coritiba) e outra por 2 a 1 sobre o São Paulo. No período, estrearam o zagueiro Álvaro e o volante Maldonado, agregando qualidade técnica à equipe.

O novo esquema deu tão certo contra o então líder Palmeiras que Andrade não abriu mais mão dele. Além de força de marcação, o time ganhou ofensivamente. Aumentando a pegada, passou a recuperar mais a bola e entregá-la ao diferenciado Pet. Um aspecto tático interessante foi a adaptação do volante Willians pelo lado direito, liberado para avançar. Ele faz um papel muito parecido com de Elano na seleção de Dunga. Na comparação ofensiva, Pet seria Kaká; Zé Roberto, Robinho; e Adriano, Luís Fabiano.

Desde o duelo com o Palmeiras, são seis vitórias, um empate e uma derrota. Desde o jogo com o Santo André, 11 vitórias, 4 empates e 1 derrota. O time se organizou a ponto de não sentir ausências importantes. Caso de Mal­­donado, contundido e substituído por Toró. Ou do artilheiro Adriano, fora do jogo com o Co­­rinthians por causa de uma queimadura no pé. O único in­­subs­­tituível é Pet. Ao ficar de fora contra o Barueri, viu a única derrota flamenguista em 16 jogos.

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Gênio - Andrade

Tornou o Flamengo o time mais consistente entre os candidatos ao título. Nem mesmo o desfal­­que de Adriano atrapalhou contra o Corinthians e o Urubu buscou outras alternativas para vencer por 2 a 0 e assumir a liderança.

Professor Pardal - Celso Roth

Como no ano passado, com o Grêmio, o time comandado por ele naufragou no fim. De candidato ao título, o Atlético-MG, após quatro derrotas seguidas, perdeu até a chance de conseguir uma vaga na Libertadores.

Operário-padrão - Paulo Baier

Uma assistência e um gol na vitória do Atlético por 2 a 0 sobre o Botafogo. Mas não foi apenas no domingo que o Furacão aca­­bou salvo por ele. A depen­­dência se estendeu por todo o campeo­­nato. É o dono do time.

Peladeiro - Cleiton

Fora de ritmo, o zagueiro não voltou bem ao time do Coritiba. A defesa se perdeu taticamente após o contundido Jéci dar lugar a ele. Ainda cometeu o pênalti que matou a possível reação contra o Cruzeiro.

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