• Carregando...

Após um mês se recuperando de uma contusão, Rafinha estreou neste fim de semana na Bundesliga. O lateral-direito que por pouco não abandonou a carreira por causa do tamanho é hoje o bem-sucedido Der Kleine (o pequeno) Rafinha, do Schalke 04. Satisfeito com a carreira, o jogador revelado pelo Coritiba promete ainda voltar ao Alto da Glória, mas só depois de se consagrar na Europa e ganhar a sonhada vaga na seleção brasileira.

Apelido – Tive vários. O que mais durou foi Malinha. Vem do futebol de salão onde eu era sempre artilheiro e exagerava um monte nas comemorações. Outro de criança era Babaloo, porque eu era viciado no chicletes, comia todo dia. Quando cheguei ao Coritiba começaram a me chamar de Rafinha por causa do meu tamanho. E agora, aqui na Alemanha, sou o Der Kleine Rafinha, ou Pequeno Rafinha.

Clube de infância – Tinha simpatia pelo São Paulo. Gostava porque ganhava tudo. Éramos eu e um irmão numa família de corintianos. Ainda hoje brincam que eu ainda vou jogar no Corinthians. Também torcia pelo Londrina, da minha cidade. Foi o primeiro time que assisti num estádio, na final contra o União Bandeirante (em 1992, que deu ao Tubarão o último título da sua história), nunca vou esquecer. Mas meu time do coração mesmo hoje é o Coritiba.

Ponto forte – Concentração e dedicação. Sou extremamente brincalhão e extrovertido, mas quando entro em campo me transformo. Fico irreconhecível e muito focado no meu trabalho.

Ponto fraco – Tenho muita dificuldade de assimilar as derrotas.

Ídolos – Nunca haverá ninguém igual ao Romário. Ele é fera. Gosto do Cafu e do Taffarel por terem uma carreira brilhante e nunca ter se ouvido nada de problemas extracampo. São exemplos.

Eu jogo como – O Cicinho. Tenho força para atacar e defender. Estou aprimorando ainda mais a minha defesa, pois o futebol alemão exige isso.

Pior momento – Tinha 14 anos quando fui fazer meu primeiro teste num grande clube, o São Paulo. Treinei superbem, mas o técnico me dispensou alegando que eu era muito pequeno. Aquilo me marcou muito. Outro foi meu pai não ter me visto jogar no Coritiba. Um dia após eu ser aprovado no teste ele morreu. Pensei em largar tudo.

Melhor momento – Ser campeão em cima do Atlético no CT do Caju, no Paranaense Júnior (2003), jogar no profissional do Coritiba, ser convocado pela seleção brasileira e vir para a Europa.

Melhor jogador que enfrentou – O Milan foi a maior pedreira, nos enfrentamos na Liga dos Campeões. Do meu lado caíam só jogadores como o Shevchenko, o Serginho e o Kaká, o pior de todos para marcar. Dá para imaginar? E ainda tinha o Seedorf. Ele grudou em mim e não pude fazer nada.

Melhor jogador com quem atuou – O Aristizábal jogava no Coritiba quando eu estava subindo e admirava a sua experiência. E tiro o chapéu para o Reginaldo Nascimento.

Melhor elogio – O Antônio Lopes me dizia que se eu tivesse cabeça e trabalhasse bastante teria uma carreira brilhante. Devo muito a ele, foi quem me promoveu ao time titular no Coritiba.

Maior influência – Minha mãe (dona Odete). Ela é muito forte, criou sete filhos (três homens e quatro mulheres) e nunca deixou eu desistir do meu sonho, mesmo quando quis abandonar tudo por causa da morte do meu pai. Hoje realizei o sonho de dar uma casa maravilhosa para ela.

Música – No meu iPod só toca samba. Sou fã do grupo Fundo de Quintal, ouço direto. A música que mais gosto se chama "A Amizade". E adoro cantar, pena que os outros não gostam muito de ouvir (risos).

Carro – Não sou vidrado em carro. Tenho um BMW X5. Se aqui na Alemanha já é um carrão, no Brasil é quase raridade.

Em cinco anos quero estar... – Realizado profissionalmente para ajudar meus irmãos. Nesse tempo quero ter conseguido uma vaguinha na seleção e ter disputado a Copa de 2010, meu maior sonho. Espero continuar na Europa e mais tarde voltar a jogar no Coritiba.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]