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Para Rolando, Brasil passou a se defender melhor sob o comando do argentino Rubén Magnano | Ivonaldo Alexandre / Gazeta do Povo
Para Rolando, Brasil passou a se defender melhor sob o comando do argentino Rubén Magnano| Foto: Ivonaldo Alexandre / Gazeta do Povo

Com duas participações olímpicas (Seul 1988 e Barcelona 1992) e medalha de ouro com vitória sobre os Estados Unidos no Pan-Americano de 1987, o paranaense Rolando Ferreira Júnior, de 47 anos, está otimista com a campanha da seleção brasileira na Copa América de basquete, que vale duas vagas para as Olímpiadas de Londres 2012. Depois da histórica vitória sobre os argentinos quarta-feira (7), o time comando pelo argentino Rubén Magnano manteve o embalo e derrotou Porto Rico por 94 a 72 quinta-feira (8).

Assim, o Brasil terminou a segunda fase do Pré-Olímpico na primeira colocação e vai disputar a semifinal contra a República Dominicana, sábado (10), quando precisa da vitória para se garantir em Londres.

Primeiro brasileiro a atuar na NBA, onde defendeu o Portland Trail Blazers por duas temporadas nos anos 80, o ex-pivô de 2,14 metros acredita que a retomada do basquete nacional passa diretamente pelas mãos do técnico argentino, que, na opiniao dos ex-jogador, ensinou o time a marcar.

Rolando, que na última participação olímpica brasileira em 1996 pediu dispensa por contusão, considera que o ideal é levar o atual grupo para Londres, caso o Brasil se classifique, sem os astros da NBA que pediram dispensa da seleção. Nenê Hilário, do Denver Nuggets, e Leandrinho Barbosa, do Toronto Raptors, pediram dispensa alegando problemas pessoais. Anderson Varejão, do Cleveland Cavaliers, chegou a treinar com o grupo antes de embarcar para o torneio em Mar del Plata, mas, lesionado, foi cortado.

Confira a entrevista com ex-jogador e atual professor de educação física.

Qual sua avaliação da seleção?

Temos um bom grupo. Coisa que não tínhamos em outros anos. Isso já é um ponto positivo. Antes o nosso foco era apenas em um ou outro jogador. Perdemos tempo. Agora o Brasil está no caminho certo.

Mas o que mudou desde a última última participação olímpica em Atlanta 1996?

A marcação. Aprendemos a marcar. O time acabou surpreendendo muita gente, inclusive eu. A defesa está muito forte por causa do trabalho do Rubén Magnano. Todas as seleções marcavam, menos a nossa. Agora sim temos um grupo que pensa e joga junto. No meu tempo de seleção o período de preparação era maior. Todos sabiam que o Oscar e o Marcel seriam os maiores pontuadores e todo o resto do time trabalhava em função deles.

Você considera justo convocar os jogadores NBA que pediram dispensa da Copa América se o Brasil se classificar para a Olímpiada?

O ideal é manter o grupo que está aí. Eu mesmo, porque estava meio machucado, pedi dispensa da seleção e não disputei a Olimpíada de Atlanta. Não fazia mais parte do grupo, não podia estar lá. Acho que o técnico tem de prestigiar esse grupo que recuperou o basquete brasileiro.

Depois de bater a Argentina, que jogou com a base campeã olímpico de 2004, o que o time de Magnano pode fazer se conquistar a vaga para Londres?

Voltar para uma Olimpíada já é um ótimo negócio. Por isso, se ficar entre os dez primeiros já está de bom tamanho.

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