Não é muito animador olhar a tabela de jogos do Coritiba até o fim do Brasileirão. Faltam oito rodadas e diversos confrontos diretos na luta contra a ZR estão no caminho coxa-branca. No meio deste roteiro, Alex e companhia terão duelos com Vasco, Portuguesa e São Paulo fora de casa. No Couto Pereira, partidas nada fáceis contra Grêmio (próximo domingo), Corinthians e Botafogo. Situação complicada não é? Em teoria, sim.
No entanto, a vitória contra o líder Cruzeiro no fim de semana mostra que a parte final do campeonato pode ser de alívio para os alviverdes. Antes da última rodada, era natural cravar a famosa "coluna 2" na Loteca, ou seja, vitória dos mineiros. O Coxa, porém, acabou com qualquer projeção de resultado.
Vencer o virtual campeão brasileiro: improvável. Gol de Keirrison depois de dois anos sem balançar a rede: improvável. O Coritiba ter um lateral-esquerdo, posição carente no clube há um bom tempo, como melhor em campo: superimprovável (e viva o novato Carlinhos). Daqui para frente, os comandados de Péricles Chamusca precisam adotar este lema: agarrar-se ao improvável.
Para seguir na Série A, é necessário fazer além do esperado. Tudo para apagar a fase em que o Coxa foi a vítima do improvável e colecionou algumas derrotas lamentáveis: Vasco (em casa), Ponte Preta, Náutico...
O sucesso da missão coxa-branca passa por compensar esses fracassos e aproveitar os raros períodos de descanso e tempo de treinamento. Por isso, a decisão de levar apenas reservas para o jogo contra o Itagüí, pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana, é acertadíssima. Aposto que muita gente já nem se lembrava mais deste confronto com os colombianos. E o grupo principal, neste momento, tem mesmo de esquecer que o torneio continental existe.
Se o Coxa tem de andar lado a lado com o improvável, Atlético e Paraná precisam se afastar dele. O Furacão ainda está em situação tranquila no Brasileiro. O time sustenta a posição no G4 há 15 rodadas, algo espetacular, mas a derrota para o Goiás serve como um alerta. A Libertadores ainda não é uma certeza.
O próprio time goiano é o "improvável" que pode ameaçar o Rubro-Negro. A distância para o Esmeraldino caiu para cinco pontos e com o gordinho Walter em grande fase (com fome de bola diriam os insensíveis) é bom ter cuidado. Na Copa do Brasil, o Atlético também precisa evitar surpresas. Depois do 1 a 1 no jogo de ida, é obrigação da equipe garantir amanhã a classificação diante do inconstante Inter na Vila Capanema.
O Paraná já mostrou ao longo da Série B que tem mais time do que Avaí e Sport, dois dos clubes que estão à frente do Tricolor na tabela, dentro da zona de acesso. O time tem oito partidas, começando hoje pelo Atlético-GO, para consolidar o acesso que por tanto tempo pareceu natural.
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