São Félix do Araguaia, MT Várias novidades estão mexendo com o Rally Internacional dos Sertões em 2005. O novo trajeto, o recorde de inscritos (228), o fato de ser uma etapa do circuito mundial de motos, entre outras conquistas. Porém uma inovação não está agradando à maioria dos competidores: a imposição de limite de velocidade em 150 km/h.
Por questões de segurança, motos, como caminhões e carros não podem ultrapassar o limite sob risco de serem eliminados das etapas em que cometerem a infração.
Outro fator que motivou a redução foi a adaptação que está sendo exigida pela FIM (Federação Internacional de Motociclismo). A partir do Sertões, todas as etapas do Campeonato Mundial de rali para motos terá a limitação.
"Será mais seguro para todos. Tanto para os competidores como para os moradores das regiões por onde o rali vai passar. É apenas uma questão de adaptação", disse Simone Palladino, organizadora da competição.
A versão de mais segurança é totalmente descartada por quem terá de pisar um pouco mais no freio, ou um pouco menos no acelerador: os pilotos. Ter mais uma preocupação durante as etapas não agrada a quase ninguém.
"Agora vai ser até mais perigoso. Sem navegador em cima de uma moto, já tenho de me preocupar com os pneus, o GPS (localizador via satélite) e terei de controlar a velocidade. É muito complicado", reclamou Jean Azevedo, atual campeão entre as motocicletas.
O primeiro motociclista a sofrer a mudança foi o espanhol Marc Coma, vice-líder do Circuito Mundial de Rali. No domingo, ele ultrapassou o limite, foi punido com um acréscimo de uma hora ao seu tempo e recorreu pagou R$ 500 para isso. "Não entendi porque a regra foi mudar justamente no Brasil", protestou.
Mesmo os competidores da categoria carros, que possuem o navegador, não se animaram com a nova norma. Guilerme Spinelli, o Guiga, vencedor do Sertões em 2003 e 2004, acha que a prova pode perder em emoção."Temos de nos adaptar aos poucos. Mas realmente será ruim não poder fazer aquelas curvas em estradas de terra a 170 km/h", lamentou.
Entre os caminhões, categoria em que a alteração já valeu no último Rally Dacar, em janeiro, a mudança é comemorada. Primeiro porque os veículos pesam 9 toneladas e dificilmente passariam dos 150 por hora.Segundo, pela competitividade, que acaba aumentando.
"As equipes com menos estrutura conseguem competir mais. Existe um nivelamento que faz crescer a disputa. No Dacar a redução já rendeu bons frutos para os caminhões", afirmou André Azevedo, vencedor entre os caminhões no ano passado. (RL)
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