Objetivo
Título vira obsessão no CT da Graciosa
Já conquistada, a vaga para elite do futebol brasileiro sempre a prioridade durante a temporada passou a ser tratada como assunto secundário. O que vale agora é entrar para a história do Alviverde levantando a segunda taça da Série B. Esse, ao menos, é o discurso do elenco coxa-branca.
"A gente tem conversado bastante sobre isso. Principalmente quando ficamos nos hotéis. Independentemente da vaga, só o título nos colocará na história do Coritiba. Daqui dez, vinte anos, nossos filhos saberão que vencemos aqui", disse o volante Léo Gago.
Ele pretende comemorar a conquista no sábado, em Juazeiro do Norte, contra o Icasa. "Precisamos de uma vitória em dois jogos, mas de maneira nenhuma podemos relaxar. Não podemos dar mole." Na última rodada o Coritiba enfrenta o Guaratinguetá, no Couto Pereira.
Depois da vitória sobre o Figueirense, o elenco se reuniu em um bar de Curitiba para secar o Bahia. Mesmo com a vitória (sobre a Portuguesa) do único adversário que pode ultrapassar o Alviverde na tabela, o foco está mantido, afirma Ney Franco. "Nos reunimos para comemorar o acesso e, se o Bahia perdesse, já o título. Mas não houve frustração. Isso haveria se tivéssemos tropeçado contra o Figueirense", disse o técnico. "Estamos atrás desse objetivo desde o início da competição. Não só agora. Temos dois jogos e uma ligeira vantagem. Mas não podemos deitar nela", alertou.
Marcelo Oliveira deve ser anunciado como o novo técnico do Coritiba tão logo o clube confirme o título da Série B. O que pode acontecer sábado, contra o Icasa, em Juazeiro do Norte, no Ceará. Embora a diretoria alviverde tenha feito um pacto para que o nome do comandante para a temporada 2011 seja mantido em sigilo, e assim não atrapalhe o time na fase decisiva do campeonato, o ex-treinador do Paraná teria desembarcado na capital ontem para assinar contrato.
Pela manhã, Oliveira avisou a um amigo curitibano que chegaria no final da tarde. Pretendendo ficar alguns dias na cidade, sugeriu marcar um jantar. Não revelou o motivo da viagem, mas no sábado já havia confirmado à Gazeta do Povo que vinha conversando com o Coritiba.
As tratativas teriam evoluído durante o fim de semana. Ontem, uma fonte ligada à diretoria coxa-branca revelou: "Não diga que fui que falei, mas é por aí..."
O próprio Ney Franco, na entrevista após o último treinamento, quase deixou escapar o acerto. "É um bom treinador", analisou o atual comandante alviverde, travando o discurso logo em seguida. "Não sou a pessoa certa para dar essa informação. Fui consultado sobre dois nomes, mas não fui eu quem escolheu e também não sei quem foi escolhido", desconversou o técnico, amigo de Marcelo Oliveira, ambos oriundos de Minas Gerais.
Além do treinador contratado, apenas cinco pessoas sabem quem será o sucessor de Ney Franco. Apesar de despistar, ele é uma delas. Também o vice-presidente Vilson Ribeiro de Andrade, os diretores Ernesto Pedroso e José Fernando Macedo, além do gerente de futebol Felipe Ximenes. Curiosamente, a cúpula diretiva coxa-branca ficou nervosa com os questionamentos feitos pela reportagem ontem sobre Oliveira. "Técnico, só na segunda-feira [após a possível definição do Brasileiro]. Não tem nada fechado. Estamos trabalhando com cinco nomes", disse Andrade, que avisou com veemência: "Essa é a posição oficial do Coritiba!"
O discurso, no entanto, foi outro quando houve uma reunião com o elenco do clube. "Segundo a diretoria, o novo treinador já foi contratado, mas eles ainda não nos disseram quem é", revelou Tcheco.
Oliveira ganhou respeito no Alto da Glória pelo seu trabalho no Paraná, principalmente quando montou a equipe tricolor na vitória do primeiro Paratiba do Paranaense, por 1 a 0. O jogo foi realizado em Paranaguá e acabou sendo a única derrota do Alviverde no Estadual, competição na qual se sagraria campeão.
Anteriormente, outros nomes chegaram a ser cotados para o cargo. Entre eles, Paulo César Gusmão, Alexandre Gallo, Hélio do Anjos e Caio Júnior.
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