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O franzino Peter dos Santos Barbosa Júnior, de 22 anos, ganhou uma missão espinhosa. No meio do Brasileiro, viu o lateral-direito titular Angelo, destaque do Paraná no primeiro turno, ser negociado para o futebol do Catar. A responsabilidade do atleta carioca, nascido para o esporte nas canchas de futsal, era grande. E a surpresa que o ex-futuro-marinheiro preparava também. Com muita velocidade e impetuosidade, fez a torcida tricolor esquecer o antecessor rapidamente. Agora, o camisa 2 – emprestado pelo Cruzeiro até dezembro – só tem uma idéia na cabeça: levar o Paraná à Libertadores e renovar o contrato para disputar a competição.

Apelido – O pessoal sempre me chamou de Juninho. Mas nunca tive um apelido de verdade.

Clube da infância – Eu torcia para o Botafogo, como toda a minha família. A gente costumava ir junto ao estádio, mas nunca fui do tipo fanático. Hoje já não tenho mais como torcer. Tenho de honrar a camisa que estou vestindo.Pontos positivos – Eu destacaria a qualidade no ataque. Por ser magrinho e bem condicionado, tenho uma característica de velocidade que ajuda a chegar bem no apoio. A maioria dos jogadores tem o ponto forte na força física e como sou mais leve costumo levar vantagem.

Pontos fracos – Admito que preciso trabalhar mais a bola parada. A finalização eu até treino, mas tenho de melhorar porque lateral tem poucas chances de gol e precisa estar pronto para aproveitá-las.

Ídolos – Meu ídolo era o Jorginho (lateral-direito da seleção no tetracampeonato mundial em 1994). Ele tinha uma dinâmica muito boa e foi um dos melhores da posição. Quase não errava passe.

Eu jogo como... – Tecnicamente, acho que lembro o Jorginho, pela qualidade do passe. Fisicamente tenho um pouco do Cafu, de sempre apoiar o ataque. Diria que é uma mistura dos dois. Não adianta ter pulmão e não ter cabeça para armar a jogada.Melhores momentos da carreira – Vivo meu melhor momento. Tenho atuado bem e a bela campanha do Paraná também tem ajudado a me valorizar. Estou aparecendo no Brasil inteiro. Já tinha ido bem no Madureira, no Carioca, mas a mídia era local.Pior momento – Não pelo meu desempenho individualmente, mas pelo que aconteceu com o clube, foi neste ano, na Portuguesa. Caímos para a Segunda Divisão do Paulista. Foi muito triste.

Carreira – Meu pai sempre me dizia para ser valorizado no país antes de buscar algo melhor lá fora. E jogando num time de Primeira Divisão é mais fácil se destacar. Gostaria muito de disputar a Libertadores pelo Paraná no ano que vem. Sonho com a Europa, talvez Portugal, por ter times estruturados e falarem a nossa língua, ou Espanha, pela vitrine mundial. Também penso na seleção.

Melhor jogador que já enfrentou – Romário. Ele é "chato". Nas três vezes que jogamos, ele marcou gol no meu time. É o mais qualificado e diferenciado que já vi. Quando a bola vai no pé dele, não tem jeito.

Melhor jogador com quem jogou – O Cristiano, do Paraná, tem uma qualidade imensa, de seleção brasileira. É técnico, veloz e oportunista, além de boa pessoa.

Melhor elogio – Depois de um jogo com o Vasco, em que empatamos por 3 a 3, no ano passado, o Romário cumprimentou meu pai e disse que eu era bom jogador e não ficaria muito tempo no Madureira. Foi profético. Logo depois fui para o Cruzeiro.Se eu não fosse jogador de futebol... – Faria o possível para entrar na Marinha, como meu tio. Ele viajou o mundo todo dessa maneira. Eu brincava com ele que se eu não fizesse isso na Marinha, faria como jogador.

Maior influência – Meu pai e minha mãe, quando pequeno. E minha esposa desde cinco anos atrás. Sempre me incentivaram. Meu pai era policial civil e minha mãe me levava de ônibus, com meu irmão mais novo no colo, para treinar. Eu tinha 6 anos e voltávamos por volta de 2 horas da manhã porque o treino era de noite.

Música – Funk e pagode. Típico de carioca.

Carro – Adoro carro. Estou sem aqui em Curitiba, mas meu pai está trazendo o meu Siena. Agora, quero comprar um Fiat Stilo. Eu sonho com esse carro.Em cinco anos pretendo estar... – Quero ter disputado a Libertadores pelo Paraná e jogado pela seleção. Se possível, atuando por um clube europeu.

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